Gripe espanhola | |
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Soldados de Fort Riley, Kansas, doentes de gripe espanhola, sendo tratados em uma enfermaria de Camp Funston. | |
Doença | Gripe |
Vírus | Influenzavirus H1N1 |
Origem | Desconhecido |
Local | Mundial |
Período | 2 anos e 10 ou 11 meses |
Local do primeiro caso | Condado de Haskell, Kansas, EUA |
Início | Janeiro de 1918 |
Fim | Dezembro de 1920 |
Estatísticas globais | |
Casos suspeitos | 500 milhões (estimativa) |
Mortes | 17 milhões a 100 milhões (estimativas) |
Atualizado em 03h25min, domingo, 17 de janeiro de 2021 (UTC) |
A gripe espanhola,[nota 1] também conhecida como gripe de 1918,[nota 2] foi uma vasta e mortal pandemia do vírus influenza. De janeiro de 1918 a dezembro de 1920, infectou uma estimativa de 500 milhões de pessoas, cerca de um quarto da população mundial na época.[5] Estima-se que o número de mortos esteja entre 17 milhões[6] e 50 milhões, e possivelmente até 100 milhões, tornando-a uma das epidemias mais mortais da história da humanidade.[7][8] A gripe espanhola foi a primeira de duas pandemias causadas pelo influenzavirus H1N1, sendo a segunda ocorrida em 2009.[9]
Para manter o ânimo, os censores da Primeira Guerra Mundial minimizaram os primeiros relatos de doenças e sua mortalidade na Alemanha, Reino Unido, França e Estados Unidos.[10] Os artigos eram livres para relatar os efeitos da pandemia na Espanha, que se manteve neutra, como a grave enfermidade que acometeu o rei Afonso XIII. Tais artigos criaram a falsa impressão que a Espanha estava sendo especialmente atingida.[11] Consequentemente, a pandemia se tornou conhecida como "gripe espanhola".[12][13] Os dados históricos e epidemiológicos são inadequados para identificar com segurança a origem geográfica da pandemia, com diferentes pontos de vista sobre sua origem.[5]
A maioria dos surtos de gripe mata desproporcionalmente os mais jovens e os mais velhos, com uma taxa de sobrevivência mais alta entre os dois, mas a pandemia de gripe espanhola resultou em uma taxa de mortalidade acima do esperado para adultos jovens.[14] Os cientistas ofereceram várias explicações possíveis para esta alta taxa de mortalidade de 2 a 3%.[15] Algumas análises mostraram que o vírus foi particularmente mortal por desencadear uma tempestade de citocinas, que destrói o sistema imunológico mais forte de adultos jovens.[16] Por outro lado, uma análise de 2007 de revistas médicas do período da pandemia[17][18] descobriu que a infecção viral não era mais agressiva que as estirpes anteriores de influenza. Em vez disso, asseveraram que a desnutrição, falta de higiene e os acampamentos médicos e hospitais superlotados promoveram uma superinfecção bacteriana, responsável pela alta mortalidade.[19][20]
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