Guerra Civil Chinesa

Guerra Civil Chinesa

No sentido horário de cima: tropas comunistas na Batalha de Siping; soldados muçulmanos do Kuomintang; Mao Zedong na década de 1930; Chiang Kai-shek inspecionando soldados; o general do PCC Su Yu inspecionando as tropas pouco antes da campanha de Menglianggu
Data 1 de agosto de 192722 de dezembro de 1936
(9 anos, 4 meses e 3 semanas)

31 de março de 19467 de agosto de 1950
(4 anos, 4 meses e 1 semanas)[1]

Local China
Desfecho Vitória militar comunista na China
Beligerantes
Partido Nacionalista da China

Apoio:


De 1946-1949:
República da China

Apoio:


Depois de 1949:
República Chinesa em Taiwan

Apoio:

Partido Comunista da China

Segunda República do Turquestão Oriental (1944-1946)

Apoio:



Depois de 1949:
 República Popular da China

Apoio:

Comandantes
Chiang Kai-shek

Bai Chongxi
Chen Cheng
Li Zongren
Yan Xishan

He Yingqin
Mao Zedong
Zhu De
Peng Dehuai
Lin Biao
He Long
Forças
4 300 000 (Julho de 1945)[4]
3 650 000 (Junho de 1948)
1 490 000 (Junho de 1949)
1 200 000 (Julho de 1945)[4]
2 800 000 (Junho de 1948)
4 000 000 (Junho de 1949)
Baixas
1,5 milhões de mortos, feridos, desaparecidos ou capturados (segunda fase)[5][6] 2,8 milhões de mortos, feridos, desaparecidos ou capturados (segunda fase)[7][5]
Total: 8 milhões de mortos
(civis e combatentes)

Guerra Civil Chinesa (19271937; 19461949) foi uma série de conflitos entre forças chinesas nacionalistas lideradas pelo Partido Nacionalista da China e comunistas lideradas pelo Partido Comunista da China, que se arrastaram por toda década de 1930 e 1940. Apesar deste ser o ultimo conflito interno de larga escala na China e ser divida historicamente em duas fases, sua localização temporal é discutível, e de modo geral refere-se à Guerra Civil Chinesa ou Revolução Comunista Chinesa apenas como a fase final ocorrida após o término da Segunda Guerra Mundial entre 1946 e 1949, o que também é discutível devido as divergências com o nome Revolução Chinesa, para Revolução Xinhai em 1911; De todo modo, o conflito remonta a Revolta de Nanchang, após o Massacre de Xangai e o Golpe de Wuhan em 1927 e a criação da República Soviética da China, em 1931,[8] e finalizada em Outubro de 1949 com a Proclamação da República Popular da China, o que também é relativo já que o governo nacionalista apenas se moveu para Taiwan e deixou batalhões inteiros lutando guerrilhas na China Continental até 1960.

O Partido Nacionalista da China, também denominado de Kuomintang, havia organizado desde 1917 um governo revolucionário no sul da China para se opor aos senhores da guerra, com apoio do Partido Comunista da China, fundado em 1921 e que era parcialmente integrado ao partido nacionalista. Em Março de 1925, o líder nacionalista, Sun Yat-sen, faleceu e se irrompeu uma rivalidade entre as facções do Partido Nacionalista da China, entre a esquerda, apoiada pelo Partido Comunista e a direita que estava sendo liderada pelo recém eleito líder, Chiang Kai-Shek. Após o Massacre de Xangai de 1927, a esquerda criou um governo paralelo sediado em Wuhan, o Governo Nacional de Wuhan, que foi dissolvido após o Golpe de Wuhan que resultou em um segundo expurgo contra os comunistas. Os comunistas então se separaram do partido nacionalista e a partir da Revolta de Nanchang, vários levantes foram feitos e organizados pelos comunistas: O poder comunista foi então melhor estabelecido na área rural, utilizando táticas de guerrilha para neutralizar a força nacionalista, que era superior. Após uma campanha de três anos, Chiang finalmente conseguiu destruir os sovietes de Jiangxi (bases rurais comunistas no sul da China) criados por Mao Tsé-Tung, mas após a Grande Marcha (1934-1935), os comunistas conseguiram reinstalar-se em Yan'an, no norte do país. Os confrontos entre os dois lados reduziram-se com a invasão japonesa de 1937, focando na resistência contra o Japão e na campanha para dissolver o Regime de Wang Jingwei, e até o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, uma difícil trégua foi mantida através da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, enquanto se lutava contra um inimigo comum. A violência interna irrompeu logo após o final da guerra, ressurgindo em uma base muito maior em abril de 1946 — depois de o general norte-americano George Marshall ter fracassado em conseguir um acordo estável. Durante o primeiro ano do conflito, as tropas nacionalistas obtiveram ganhos territoriais, incluindo a capital comunista de Yan'an. Entretanto, com apoio da ocupação soviética na Manchúria após a Operação Tempestade de Agosto e a entrega de armas japonesas ao PCC, vitórias passaram a ser acumuladas rapidamente, diminuindo a confiança das forças nacionalistas não só no exército mas também em sua administração, e no final de 1947 uma vitoriosa contra-ofensiva comunista estava a caminho. Em novembro de 1948, Lin Piao completou a conquista da Manchúria, onde os nacionalistas perderam meio milhão de homens, muitos dos quais desertaram para o lado comunista, principalmente da ala esquerdista que ja migrava para as forças comunistas desde os anos 1920. Na China Central, os nacionalistas perderam Xandong e em janeiro de 1949 foram derrotados na batalha de Huai-Huai (perto de Xuzhou). Pequim caiu em janeiro, e Nanjing e Xangai em abril. A República Popular da China foi proclamada no dia 1º de outubro de 1949 e a vitória comunista completou-se quando o Kuomintang bateu em uma retirada estratégica de Chongqing para Taiwan, em dezembro daquele ano.

  1. News.bbc.co.uk
  2. Tsang, Steve. Government and Politics. [S.l.: s.n.] 241 páginas 
  3. Tsang, Steve. The Gold War's Odd Couple: The Unintended Partnership Between the Republic of China and the UK, 1950–1958. [S.l.: s.n.] 62 páginas 
  4. a b Hsiung, James C. Levine, Steven I. [1992] (1992). M.E. Sharpe publishing. Sino-Japanese War, 1937–1945. ISBN 156324246X.
  5. a b Lynch, Michael (2010). The Chinese Civil War 1945–49. [S.l.]: Osprey. p. 91. ISBN 978-1-841-76671-3 
  6. Ho. Studies in the Population of China. [S.l.: s.n.] p. 253 
  7. The History of the Chinese People's Liberation Army. Beijing: People's Liberation Army Press. 1983.
  8. «Wars and casualties of the 20th and 21st Century». www.scaruffi.com. Consultado em 21 de abril de 2023 

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