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Guerra Civil Espanhola | |||||||
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Da esquerda para a direita, do topo para baixo: Tanque da XI Brigada Internacional na Batalha de Belchite, um avião alemão Bf 109 com insignias dos nacionalistas, HMS Royal Oak patrulhando a região de Gibraltar, bombardeio de um campo de pouso no Saara Espanhol, forças nacionalistas operando um armamento anti-aéreo durante a Batalha de Madrid, soldados republicanos entrincheirados durante o Cerco a Alcázar. | |||||||
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Participantes do conflito | |||||||
Republicanos
Apoiado por: |
Nacionalistas Itália | ||||||
Líderes | |||||||
Lideres Republicanos Manuel Azaña Francisco Largo Caballero Juan Negrín Indalecio Prieto Vicente Rojo Lluch José Miaja Toribio Martínez Cabrera Segismundo Casado Juan Modesto Juan Hernández Saravia Buenaventura Durruti † Joaquín Ascaso Lluís Companys José Antonio Aguirre |
Lideres Nacionalistas José Sanjurjo † Emilio Mola † Francisco Franco Gonzalo Queipo de Llano Juan Yagüe Miguel Cabanellas † José Enrique Varela Fidel Dávila Arrondo Manuel Goded Llopis Manuel Hedilla Manuel Fal Conde Mario Roatta Ettore Bastico Hugo Sperrle | ||||||
Forças | |||||||
Em 1936:[1]
59 380 voluntários internacionais 3 015 técnicos soviéticos 772 pilotos soviéticos |
Em 1936:[4]
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Baixas | |||||||
175 000 mortos em ação[7] 100–130 000 civis mortos dentro da zona Franquista[8] |
110 000 mortos em ação[7] 50 000 civis mortos dentro da zona Republicana[9] | ||||||
149 213 – 2 000 000 mortos no total.[10] |
A Guerra Civil Espanhola, também denominada A Cruzada (em castelhano: La Cruzada) pelos nacionalistas, Quarta Guerra Carlista (Cuarta Guerra Carlista) pelos carlistas e A Rebelião (La Rebelión) ou Sublevação (Sublevación) pelos republicanos, foi um conflito armado ocorrido na Espanha entre 1936 e 1939. A guerra foi travada entre os republicanos, leais à Segunda República Espanhola, urbana e progressista, numa aliança de conveniência com os anarquistas e os comunistas, e os nacionalistas, uma aliança de falangistas, monarquistas, carlistas e católicos liderada pelo general Francisco Franco. Devido ao clima político internacional na época, a guerra teve muitas facetas, e diferentes pontos de vista a viram como uma luta de classes, uma guerra religiosa, uma luta entre ditadura e democracia republicana, entre revolução e contrarrevolução, entre fascismo e comunismo.[11] Os nacionalistas venceram a guerra no início de 1939 e governaram a Espanha até à morte de Franco em novembro de 1975. Estima-se que o conflito tenha vitimado pelo menos 500 mil pessoas (entre civis e combatentes, de ambos os lados).[12]
A guerra teve início na sequência de um pronunciamento (uma declaração de oposição militar) contra o governo republicano por parte de um grupo de generais das Forças Armadas da República Espanhola, inicialmente sob liderança de José Sanjurjo. O governo na época era constituído por uma coligação moderada e liberal de republicanos, apoiada nas Cortes por partidos comunistas e socialistas, sob a liderança do Presidente de centro-esquerda Manuel Azaña.[13][14] O grupo nacionalista era apoiado por uma série de grupos conservadores, incluindo a Confederação Espanhola de Direitas Autónomas (Confederación Española de Derechas Autónomas, ou CEDA), os monarquistas incluindo ambos os lados opostos dos afonsistas e dos conservadores religiosos carlistas e a FE de la JONS, um partido político fascista.[15] Sanjurjo morreu num acidente de aviação quando tentava regressar do exílio em Portugal, e Franco sucedeu-lhe como líder dos nacionalistas.
Em julho de 1936, as forças nacionalistas tentam levar a cabo um golpe de estado para depor o governo. Embora os nacionalistas tenham obtido o controlo de cidades como Pamplona, Burgos, Saragoça, Valladolid, Cádis, Córdova e Sevilha, várias cidades importantes como Madrid, Barcelona, Valência, Bilbau e Málaga mantiveram-se leais ao governo. A Espanha encontrava-se então dividida política e militarmente, com os nacionalistas e os republicanos a lutar entre si pelo controlo do país. As forças nacionalistas receberam munições, soldados e apoio aéreo da Alemanha Nazi e da Itália Fascista, enquanto as forças republicanas leais ao governo receberam apoio da União Soviética e do governo populista do México. Vários países, como o Reino Unido, França e os Estados Unidos, continuaram a reconhecer a legitimidade do governo republicano, mas seguiram uma política oficial de não-intervenção no conflito. Apesar disso, dezenas de milhares de cidadãos desses países tomaram parte no conflito. Eles lutaram na sua maioria nas Brigadas Internacionais pró-republicanas que também incluíam exilados de regimes nacionalistas.
Os nacionalistas avançaram a partir dos bastiões no sul e oeste, capturando a maior parte da costa norte da Espanha ao longo de 1937. Também cercaram Madrid e a região a sul e oeste durante a maior parte da guerra. Depois de grande parte da Catalunha ter sido capturada entre 1938 e 1939, e com as cidades de Barcelona e Madrid isoladas, a posição militar republicana tornou-se desesperada. Madrid e Barcelona foram ocupadas sem resistência. Franco declarou a vitória e o seu regime foi reconhecido pelo Reino Unido e pela França. Milhares de espanhóis de esquerda fugiram para campos de refugiados no sul da França. Aqueles associados com os republicanos derrotados foram perseguidos pelos nacionalistas vitoriosos. Com o estabelecimento de uma ditadura liderada pelo General Franco no rescaldo da guerra, todos os partidos de direita foram fundidos na estrutura do regime de Franco.[15]
A guerra tornou-se notável pelo fervor e polarização políticos que inspirou e pelas diversas atrocidades ocorridas, em ambos os lados. Purgas organizadas ocorreram nos territórios capturados pelas forças de Franco com o objetivo de consolidar o futuro regime.[16] Um número significativo de assassinatos também ocorreram em áreas controladas pelos republicanos,[17] sendo o Massacres de Paracuellos um dos mais tristemente célebres. Até que ponto as autoridades republicanas participaram de assassinatos em território republicano é objecto de debate.[18][19]
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