Guido Reni

Guido Reni
Guido Reni
Nascimento 4 de novembro de 1575
Bolonha
Morte 18 de agosto de 1642 (66 anos)
Bolonha
Sepultamento Basílica de São Domingos
Cidadania Estados Papais
Etnia Italianos
Ocupação pintor, ilustrador, desenhista, relator de parecer, aquafortista, designer, artista visual
Obras destacadas Judith, Massacre dos Inocentes
Movimento estético barroco
Auto-retrato, cerca de 1602.

Guido Reni (Bolonha, 4 de novembro de 1575 – Bolonha, 18 de agosto de 1642) foi um proeminente pintor do Barroco italiano.

Formado inicialmente em música pelo pai, Daniele Reni, musicista a serviço da Signoria de Bolonha, Guido estuda pintura de 1584 a 1593 no ateliê do pintor flamengo Denis Calvaert, já então há muito instalado em Bolonha. Entre seus condiscípulos estão Francesco Albani e Domenichino.

O Rapto de Djanira (1620-1621)

Neste período, dedica-se intensamente ao estudo das gravuras de Dürer e das pinturas de Rafael. Por volta de 1595, adere à Accademia del Naturale (a futura Accademia degli Incamminati), que os irmãos Carracci (Annibale e Agostino Carracci), juntamente com seu primo, Lodovico tinham aberto em 1582, evidentemente atraído pelas novidades antimaneiristas dos Carracci. É deste período suas primeiras experiências pictóricas a partir de modelos de Annibale e de Rafael, do qual copia varias vezes o Êxtase de Santa Cecília, hoje na Pinacoteca Nacional de Bolonha.

Em 1600, encontra-se ainda em Bolonha, embora possa já ter realizado uma primeira viagem a Roma, e em 1602 é documentado em Roma, onde permanecerá intermitentemente até 1614, malgrado constantes deslocamentos a Bolonha e a outras cidades. Entre 1608 e 1609, realiza os afrescos da Igreja de São Gregório Magno e em 1613 levou a cabo sua obra mais conhecida, o afresco Apolo e as Horas, Precedidos pela Aurora, no teto do pavilhão de descanso, no jardim do palácio Rospigliosi, em Roma. Seu retorno definitivo à cidade natal, em 1614, abre um novo período de mais de um quarto de século de intensa atividade que garante ao artista um prestígio sem comparação na Bolonha do Seiscentos.

A fortuna crítica de Reni, uma das mais instáveis na história da arte, oscila diretamente em razão do prestígio da própria noção de classicismo, embora curiosamente a pintura deste paladino da forma clássica - cultuado pelos clássicos, de Poussin a Goethe e a Ingres, pelos viajantes do "Grand Tour" e pelo mercado - tenha tendido ao final da vida para uma poética da mancha que prenunciava claramente o tardio Setecentos francês de Fragonard.

Referências

  • MARQUES, Luis (org). Catálogo do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand: Arte Italiana. São Paulo: Prêmio, 1998.

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