O iluminismo das trevas, iluminismo sombrio ou movimento neorreacionário – também conhecido simplesmente como neorreação e abreviado como NRx pelos seus integrantes – é um movimento antidemocrático e reacionário, que rejeita amplamente o igualitarismo e a visão de que a história mostra progressão inevitável para uma maior liberdade e iluminação (assim, é em parte uma reação contra a "historiografia whig").[1][2][3] O movimento favorece um retorno às velhas construções sociais e formas de governo, dando inclusive apoio à monarquia ou outras formas de liderança fortes e centralizadas, tal como um "CEO neocameralista",[4] juntamente com uma abordagem libertarista de direita ou de outra forma conservadora para a economia.[5] Os seus integrantes geralmente defendem também pontos de vista socialmente conservadores em questões como os papéis sociais de gênero, relações raciais e migração.
Um artigo de 2013 da TechCrunch descreve "neorreacionários" como um termo aplicado e às vezes uma auto-descrição de uma "comunidade informal de blogueiros" e teóricos políticos ativos desde os anos 2000, iniciado com o cientista da computação Curtis Yarvin.[6] Steve Sailer e Hans-Hermann Hoppe são descritos como os "precursores contemporâneos" do movimento, também é dito que os neorreacionários são influenciados por filósofos como Thomas Carlyle e Julius Evola.[6]
Alguns consideram o iluminismo das trevas uma escola precoce do pensamento da direita alternativa.[7] Alguns críticos também rotularam o movimento como "neofascista".[3][8] Uma nota da New York Magazine em 2016 afirma: "A neorreação tem vários ramos diferentes, mas talvez o mais importante é uma forma de futurismo pós-libertário que, percebendo que os libertários não ganham qualquer eleição, opõe-se à democracia em favor de formas autoritárias de governo".[9] Yarvin, por exemplo, argumenta que uma democracia libertarista é "simplesmente uma contradição de engenharia, como uma baleia voadora ou um carro movido a água".[10]