Imposto

Receita total de impostos diretos e indiretos dada como parcela do PIB em 2017.[1]

Imposto (do latim imposìtu-, particípio passado de imponère: "impor", "pôr como obrigação") é a imposição de um encargo financeiro ou outro tributo sobre o contribuinte (pessoa física ou jurídica) por um estado ou o equivalente funcional de um estado a partir da ocorrência de um fato gerador, sendo calculado mediante a aplicação de uma alíquota a uma base de cálculo de forma que o não pagamento do mesmo acarreta irremediavelmente sanções civis e penais impostas à entidade ou indivíduo não pagador, sob forma de leis.[2] O imposto é uma das espécies do gênero tributo. Diferentemente de outros tributos, como taxas e contribuição de melhoria, é um tributo não vinculado: é devido pelo contribuinte independentemente de qualquer contraprestação por parte do Estado.[3]

Os impostos são, frequentemente, divididos em diretos e indiretos. Os impostos diretos são destinados taxar diretamente o contribuinte sendo que o principal exemplo deste é o imposto de renda e riqueza. Os impostos indiretos, entretanto, são repassados ao contribuinte através do markup adicionado ao custo do produto e o reflexo deste é sentido no preço final dos produtos. Os impostos indiretos são cobrados em todos os bens adquiridos pelo consumidor.[4]

Em tese, os recursos arrecadados pelos governos são revertidos para o bem comum, para investimentos e custeio de bens e serviços públicos, como saúde, segurança e educação. Mas não há vinculação entre receitas de impostos e determinada finalidade - ao contrário do que ocorre com as taxas e a contribuição de melhoria, cujas receitas são vinculadas à prestação de determinado serviço ou realização de determinada obra. Embora a lei obrigue os governos a destinar parcelas mínimas da arrecadação a certos serviços públicos- em especial de educação e saúde-, o pagamento de impostos não confere ao contribuinte qualquer garantia de contrapartida.[5]

A carga tributária como percentagem do Produto interno bruto (PIB) em 2008 foi de 38,8% no Brasil, 37% em Portugal, 40,6% na Alemanha, 5,7% em Angola, 39% no Reino Unido e na Holanda, 19,7% em Timor-Leste, 15,3% no Sri Lanka, 28% nos Estados Unidos e 13,4% em Moçambique.[6][7]

  1. «Total tax revenues». Our World in Data (em inglês). Consultado em 9 de março de 2023 
  2. Frederik Zimmer (2009). «27». Lærebok i skatterett (em norueguês) 6 ed. Oslo, Noruega: Universitetsforlaget. ISBN 9788215015897 
  3. «Por que pagamos impostos?» (html). Sexo, grana e comida. Consultado em 30 de abril de 2011 
  4. «Doutrina e opinião - Direitos e Garantias». Impostos.net. Consultado em 30 de abril de 2011. Arquivado do original (html) em 23 de julho de 2011 
  5. Eugénio Rosa (9 de Setembro de 2009). «Benefícios fiscais em Portugal: Quem é mais beneficiado?» (pdf). Eugeniorosa.com. Consultado em 30 de abril de 2011 
  6. «Index of Economic Freedom» (em inglês). Heritage Foundation 
  7. «Fiscal Methodology» (PDF) (em inglês). Heritage Foundation 

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