Jacobinismo

A Constituição no Club des Jacobins, impressão, final do século XVIII.
Nota: Este artigo não é sobre o Jacobitismo e se procura pelo estilo literário inglês consulte antes Literatura jacobina.

Originário da Revolução Francesa, o termo jacobinismo, também chamado jacobinos, é evolutivo ao longo dos tempos.

O jacobinismo pode ser definido, em linhas gerais, como um grupo que obteve maior capacidade de aglutinação e sociabilidade política no contexto revolucionário. Costuma-se contrapor o caráter “centralista” e “extremo” dos jacobinos ao caráter “virtuoso” dos girondinos, entretanto, essa é uma interpretação equivocada. Apesar de não ser possível identificar o jacobinismo como um movimento homogêneo, seus princípios iniciais de igualitarismo, fraternidade, patriotismo e a busca pela unidade da República fizeram-se presentes durante os anos 1792-94. Nesse sentido, o que os diferem da corrente girondina é a aceitação do peso popular no processo revolucionário. Além disso, é importante ressaltar que a presença jacobina não se fez apenas em Paris, porém, com presença provincial em outras regiões da França.[1]

Assim, essa noção do Terror se relaciona ao que é sustentado pelo historiador Daniel Gomes de Carvalho: não se pode entender a política jacobina como uma estrutura estatal consolidada voltada para a repressão. Não obstante, não é como se “justificasse” essa violência, com efeito, aconteceu em um contexto de ameaça à unidade nacional, condicionando o espaço para que figurasse a necessidade de utilização dessas violências. Assim, ele também entende que os "terrores" aconteceram em diversas direções por vários atores, em uma conjuntura conflitante e de miséria.[2]

  1. Côme Simien, « “Jacobins”, “jacobinisme” ou les fausses évidences du passé révolutionnaire. Quelques considérations à l’usage d’aujourd’hui (I)», Silomag, n°11, janvier 2021. https://silogora.org/jacobins-jacobinisme-ou-les-fausses-evidences-du-passe-revolutionnaire-quelques-considerations-a-lusage-daujourdhui-i/
  2. CARVALHO, Daniel Gomes de (2022). Revolução Francesa. São Paulo: Editora Contexto. p. 137 

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