Originário da Revolução Francesa, o termo jacobinismo, também chamado jacobinos, é evolutivo ao longo dos tempos.
O jacobinismo pode ser definido, em linhas gerais, como um grupo que obteve maior capacidade de aglutinação e sociabilidade política no contexto revolucionário. Costuma-se contrapor o caráter “centralista” e “extremo” dos jacobinos ao caráter “virtuoso” dos girondinos, entretanto, essa é uma interpretação equivocada. Apesar de não ser possível identificar o jacobinismo como um movimento homogêneo, seus princípios iniciais de igualitarismo, fraternidade, patriotismo e a busca pela unidade da República fizeram-se presentes durante os anos 1792-94. Nesse sentido, o que os diferem da corrente girondina é a aceitação do peso popular no processo revolucionário. Além disso, é importante ressaltar que a presença jacobina não se fez apenas em Paris, porém, com presença provincial em outras regiões da França.[1]
Assim, essa noção do Terror se relaciona ao que é sustentado pelo historiador Daniel Gomes de Carvalho: não se pode entender a política jacobina como uma estrutura estatal consolidada voltada para a repressão. Não obstante, não é como se “justificasse” essa violência, com efeito, aconteceu em um contexto de ameaça à unidade nacional, condicionando o espaço para que figurasse a necessidade de utilização dessas violências. Assim, ele também entende que os "terrores" aconteceram em diversas direções por vários atores, em uma conjuntura conflitante e de miséria.[2]