Leis de Kepler

As leis de Kepler, com duas órbitas planetárias:
(1) As órbitas são elipses, com pontos focais ƒ1 e ƒ2 para o planeta 1 e ƒ1 e ƒ3 para o planeta 2. O sol está no ponto focal ƒ1.
(2) Os dois setores sombreados A1 e A2 possuem a mesma área superficial e o tempo para o planeta 1 percorrer o segmento A1 é igual ao tempo para percorrer o segmento A2.
(3) A relação entre os períodos dos planetas 1 e 2 está na proporção a13/2 : a23/2

As leis de Kepler são as três leis do movimento planetário definidas por Johannes Kepler (1571 – 1630), um matemático e astrônomo alemão. Essas leis foram a principal contribuição de Kepler à mecânica celeste.

Kepler estudou as observações do astrônomo Tycho Brahe e descobriu, por volta de 1605, que estas observações seguiam três leis matemáticas relativamente simples. Suas três leis do movimento planetário desafiavam a astronomia e física de Aristóteles e Ptolomeu.[1] Sua afirmação de que a Terra se movia, seu uso de elipses em vez de epiciclos e sua prova de que as velocidades dos planetas variavam mudaram a astronomia e a física.

Em 1596, Kepler publicou Mysterium Cosmographicum, onde expôs argumentos favoráveis às hipóteses heliocêntricas.[2] Em 1609 publicou Astronomia Nova… De Motibus Stellae Martis, onde apresentou as três leis do movimento dos planetas, que hoje levam seu nome:[1][3]

  • Os planetas descrevem órbitas elípticas, com o Sol em um dos focos;
  • O raio vetor que liga um planeta ao Sol descreve áreas iguais em intervalos de tempo iguais (lei das áreas);
  • Os quadrados dos períodos de revolução () são proporcionais aos cubos das distâncias médias () do Sol aos planetas, isto é, , em que é uma constante de proporcionalidade.

O modelo de Kepler é heliocêntrico. Seu modelo foi muito criticado pela falta de simetria decorrente de o Sol ocupar um dos focos da elipse e o outro simplesmente ser preenchido com o vácuo.

  1. a b RONAN, Colin A. (1990). História ilustrada da ciência da Universidade de Cambridge. Da Renascença à Revolução Científica. III 1 ed. São Paulo: Jorge Zahar. ISBN 8-585-06168-5 
  2. «Mysterium Cosmographicum». Consultado em 15 de setembro de 2014. Arquivado do original em 16 de setembro de 2013 
  3. Classics of Astronomy by Johannes Kepler

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