Lima Barros | |
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Paraguai | |
Nome | Bellona |
Operador | Marinha do Paraguai |
Fabricante | Laird Brothers of Birkenhead |
Homônimo | Belona |
Batimento de quilha | 1864 |
Lançamento | 21 de dezembro de 1865 |
Comissionamento | Não foi comissionado |
Destino | Vendido ao Império do Brasil pela construtora naval por falta de pagamento. |
Império do Brasil | |
Nome | Lima Barros |
Operador | Armada Imperial Brasileira |
Homônimo | Francisco José de Lima Barros |
Comissionamento | 3 de abril de 1866 |
Descomissionamento | 8 de maio de 1883 |
Destino | Demolição naval |
Características gerais | |
Tipo de navio | Monitor |
Classe | Lima Barros |
Deslocamento | 1 705 t (1 710 000 kg) |
Comprimento | 61 m (200 ft) |
Boca | 11,6 m (38,1 ft) |
Calado | 3,9 m (12,8 ft) |
Propulsão | 2 eixos de hélice 2 motores a vapor |
- | 2,100 cv (1,54 kW) |
Velocidade | 12 nós (22 km/h) |
Armamento | 2 canhões Whitworth de 120 libras |
Blindagem | Cinturão: 3–4.5 polegadas (76–114 mm) Torres de artilharia: 4.5 polegadas (114 mm) |
Tripulação | 170 oficiais e praças |
Lima Barros, ex-Bellona, foi um monitor ironclad operado pela Armada Imperial Brasileira. Sua construção foi conduzida pela construtora naval britânica Laird Brothers of Birkenhead, seguindo os projetos do monitor Bahia, e foi concluída em 1866. Com medidas de 61 metros de comprimento, 11,6 metros de largura e um calado de 3,9 metros, este navio de guerra estava equipado com dois canhões de alma raiada Whitworth de 120 libras. Sua história está entrelaçada com a Guerra da Tríplice Aliança, pois originalmente foi construído para o Paraguai, mas, devido às dificuldades de pagamento decorrentes do conflito, o Império do Brasil o adquiriu.
Durante o período de operação na guerra, o monitor Lima Barros desempenhou suas atividades em diversas batalhas. Uma das intervenções foi no ataque conjunto da esquadra e das forças terrestres aliadas ao forte de Curuzú, entre os dias 1 e 3 de setembro de 1866. No dia 4 do mesmo mês, o Lima Barros participou ativamente no bombardeio do forte de Curupaiti, onde sua artilharia desempenhou um papel crucial durante um ataque de duas horas. O monitor também voltou a atacar o forte em 22 de setembro do mesmo ano, durante a chamada Batalha de Curupaiti.
Uma das várias atuações do Lima Barros ocorreu em 15 de agosto de 1867, quando ele e outros navios ironclads da Armada Imperial Brasileira forçaram a passagem do forte de Curupaití, sob fogo intenso da artilharia defensiva. Após isso, eles ficaram encurralados entre os fortes de Curupaití e Humaitá. No ano seguinte houve duas operações de transposição de Humaitá. Durante a primeira tentativa de passagem, em 19 de fevereiro, o Lima Barros forneceu fogo de supressão aos navios que avançavam. Na segunda, efetuada em 21 de julho, participou ativamente da operação, concluindo com sucesso a passagem em cerca de duas horas de avanço.
Em 1869, as embarcações de grande porte, como o Lima Barros, não eram mais necessárias no conflito e foram designadas para diferentes distritos navais ao longo da costa brasileira. O monitor foi alocado no distrito encarregado de patrulhar a fronteira brasileira do extremo sul até a província do Rio de Janeiro. Nesse período pós-guerra, o Lima Barros realizou várias missões de treinamento e teve como comandante o herói de guerra Joaquim Antônio Cordovil Maurity. Finalmente, o Lima Barros foi aposentado em 8 de maio de 1883. A embarcação teria sobrevivido até 1905, quando fora enviada para demolição.