Limite de Chandrasekhar

Nova da anã branca GK Persei.

O Limite de Chandrasekhar representa a máxima massa possível para uma estrela do tipo anã branca (um dos estágios finais das estrelas que consumiram toda a sua energia) suportada pela pressão de degenerescência de electrões, e é aproximadamente 3·1030 kg, cerca de 1,44 vezes a massa do Sol. Se uma anã branca (normalmente com cerca de 0,6 vezes a massa do Sol) tiver excedido essa massa por agregação, entrará em colapso, devido ao efeito da gravidade. Pensava-se que este mecanismo daria início a explosões do Tipo Ia supernova, mas esta teoria acabaria por ser abandonada durante a década de 1960. A perspectiva actual é que uma anã branca de oxigénio-carbono atinge uma densidade no seu interior suficiente para iniciar uma reacção de fusão nuclear imediatamente antes de atingir o limite de massa. No entanto, quando estrelas com núcleo de ferro ultrapassam esse limite, entram em colapso, e pensa-se que esse processo inicia uma supernova de Tipo Ib, Ic e II, libertando uma quantidade de energia imensa e provocando uma "inundação" de neutrinos.

O valor preciso do limite depende da composição química da estrela. A fórmula de Chandrasekhar é[1][2]

onde é a Constante de Planck reduzida, é a velocidade da luz, é a constante gravitacional universal, é a massa do átomo de hidrogênio, μe é a massa molecular média por elétron, e é a constante matemática relacionado a equação de Lane-Emden.

  1. (58), The Highly Collapsed Configurations of a Stellar Mass (second paper), S. Chandrasekhar, Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, 95 (1935), pp. 207--225.
  2. (42), (43), On Stars, Their Evolution and Their Stability, conferência do Prémio Nobel, Subrahmanyan Chandrasekhar, 8 de Dezembro de 1983.

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