Linfoma

Linfoma
Linfoma
Linfoma folicular a substituir um gânglio linfático
Especialidade Hematologia e oncologia
Sintomas Gânglios linfáticos aumentados, febre, suores, perda de peso, prurido, fadiga[1][2]
Fatores de risco Vírus Epstein–Barr, doenças autoimunes, VIH/SIDA, tabagismo[2][3]
Método de diagnóstico Biópsia dos gânglios linfáticos[1][2]
Tratamento Quimioterapia, radioterapia, terapia dirigida, cirurgia[1][2]
Prognóstico Taxa de sobrevivência a 5 anos: 85% (EUA)[4]
Frequência 4,9 milhões (2015)[5]
Mortes 204 700 (2015)[6]
Classificação e recursos externos
CID-10 C81C96
CID-9 202.8
CID-ICD-O 9590–9999
CID-11 e 899893485 474972159 e 899893485
MedlinePlus 000580 000581
MeSH D008223
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Linfoma é um grupo de tumores de células sanguíneas que se desenvolvem a partir das células linfáticas. Geralmente, o termo refere-se apenas aos tumores cancerosos.[7] Os sinais e sintomas mais comuns são o aumento de volume dos gânglios linfáticos, febre, suores abundantes, perda de peso não intencional, prurido e fadiga.[1][2] Os gânglios linfáticos aumentados são geralmente indolores.[1] Os suores são mais comuns durante a noite.[1][2]

Existem dezenas de subtipos de linfomas.[8] As duas principais categorias de linfomas são os linfomas de Hodgkin (LH) e os linfomas não-Hodgkin (LNH).[9] A Organização Mundial de Saúde (OMS) inclui duas outras categorias como tipos de linfoma: o mieloma múltiplo e as doenças imunoproliferativas.[10] Cerca de 90% dos linfomas são linfomas não-Hodgkin.[9][11] Os linfomas e as leucemias fazem parte de um grupo alargado de doenças denominado tumores dos tecidos hematopoético e linfoide.[12]

Entre os fatores de risco para o linfoma de Hodgkin estão a infeção com o vírus Epstein-Barr e historial da doença na família.[1] Entre os fatores de risco para os tipos comuns de linfoma não-Hodgkin estão a presença de doenças autoimunes, SIDA, infeção com vírus T-linfotrópico humano, medicamentos imunossupressores e alguns pesticidas.[2] Consumo excessivo e habitual de carne vermelha ou carne processada também pode aumentar o risco.[13][14] No caso de haver gânglios linfáticos aumentados, o diagnóstico é feito mediante biópsia aos gânglios linfáticos.[1][2] Podem também ser realizadas análises ao sangue e à urina e exames à medula óssea.[2] A imagiologia médica ajuda a determinar se o cancro se espalhou.[1][2] O linfoma espalha-se com maior frequência para os pulmões, fígado ou cérebro.[1][2]

O tratamento pode consistir em uma ou mais das seguintes intervenções: quimioterapia, radioterapia, terapia dirigida e cirurgia.[1][2] Em alguns linfomas não-Hodgkin, o aumento da quantidade de proteínas produzidas pelas células do linfoma faz com que o sangue se torne de tal forma espesso que é necessária a realização de plasmaferese para remover as proteínas.[2] Em determinados tipos pode ser apropriada a espera vigilante.[2] O prognóstico depende do subtipo. Alguns são curáveis e o tratamento prolonga a sobrevivência na maior parte.[9] A taxa de sobrevivência a cinco anos para os subtipos de linfomas de Hodgkin é de 85%,[4] enquanto para os linfomas não-Hodgkin é de 69%.[15] Em 2012 registaram-se 560 000 novos casos de linfomas e 305 000 mortes pela doença.[10] Os linfomas correspondem a 3–4% de todos os cancros, sendo em conjunto a sétima forma mais comum da doença.[10][16] Em crianças são o terceiro cancro mais comum.[17] A prevalência da doença é maior em países desenvolvidos.[10]

  1. a b c d e f g h i j k «General Information About Adult Hodgkin Lymphoma». National Cancer Institute. 23 de abril de 2014. Consultado em 20 de junho de 2014 
  2. a b c d e f g h i j k l m n «General Information About Adult Non-Hodgkin Lymphoma». National Cancer Institute. 25 de abril de 2014. Consultado em 20 de junho de 2014 
  3. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Kam2013
  4. a b «Hodgkin Lymphoma—SEER Stat Fact Sheets». Seer.cancer.gov. Consultado em 26 de agosto de 2012 
  5. GBD 2015 Disease and Injury Incidence and Prevalence, Collaborators. (8 de outubro de 2016). «Global, regional, and national incidence, prevalence, and years lived with disability for 310 diseases and injuries, 1990-2015: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2015.». Lancet. 388 (10053): 1545–1602. PMC 5055577Acessível livremente. PMID 27733282. doi:10.1016/S0140-6736(16)31678-6 
  6. GBD 2015 Mortality and Causes of Death, Collaborators. (8 de outubro de 2016). «Global, regional, and national life expectancy, all-cause mortality, and cause-specific mortality for 249 causes of death, 1980-2015: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2015.». Lancet. 388 (10053): 1459–1544. PMC 5388903Acessível livremente. PMID 27733281. doi:10.1016/s0140-6736(16)31012-1 
  7. Taylor, Elizabeth J. (2000). Dorland's Illustrated medical dictionary. 29th ed. Philadelphia: Saunders. p. 1038. ISBN 0721662544 
  8. Aditya Bardia (2010). Johns Hopkins Patients' Guide to Lymphoma. [S.l.]: Jones & Bartlett Learning. p. 6. ISBN 9781449631413 
  9. a b c The Lymphoma Guide Information for Patients and Caregivers (pdf). Leukemia and Lymphoma Society. [S.l.: s.n.] 2013. Consultado em 20 de junho de 2014 
  10. a b c d World Cancer Report 2014. [S.l.]: World Health Organization. 2014. pp. Chapter 5.13. ISBN 9283204298 
  11. «Lymphoma». NCI. Consultado em 13 de junho de 2014 
  12. Vardiman JW, Thiele J, Arber DA, Brunning RD, Borowitz MJ, Porwit A, Harris NL, Le Beau MM, Hellström-Lindberg E, Tefferi A, Bloomfield CD (30 de julho de 2009). «The 2008 revision of the World Health Organization (WHO) classification of myeloid neoplasms and acute leukemia: rationale and important changes.». Blood. 114 (5): 937–51. PMID 19357394. doi:10.1182/blood-2009-03-209262 
  13. Yang, L; Dong, J; Jiang, S; Shi, W; Xu, X; Huang, H; You, X; Liu, H (novembro de 2015). «Red and Processed Meat Consumption Increases Risk for Non-Hodgkin Lymphoma: A PRISMA-Compliant Meta-Analysis of Observational Studies.». Medicine. 94 (45): e1729. PMC 4912242Acessível livremente. PMID 26559248. doi:10.1097/MD.0000000000001729 
  14. Solimini, AG; Lombardi, AM; Palazzo, C; De Giusti, M (maio de 2016). «Meat intake and non-Hodgkin lymphoma: a meta-analysis of observational studies.». Cancer causes & control : CCC. 27 (5): 595–606. PMID 27076059. doi:10.1007/s10552-016-0745-2 
  15. «SEER Stat Fact Sheets: Non-Hodgkin Lymphoma». NCI. Consultado em 18 de junho de 2014 
  16. Marcus, Robert (2013). Lymphoma : pathology, diagnosis and treatment Second ed. [S.l.: s.n.] p. 1. ISBN 9781107010598 
  17. Tepper, John E. Niederhuber, James O. Armitage, James H. Doroshow, Michael B. Kastan, Joel E. (2014). «Childhood lymphoma». Abeloff's clinical oncology Fifth ed. [S.l.: s.n.] p. Chapter 97. ISBN 1455728659 

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