Lua

 Nota: Para outros significados, veja Lua (desambiguação).
Lua ☾
Satélite da Terra
Características orbitais
Semieixo maior 384 399 km (0,00257 UA)
Perigeu 363 104 km
0,0024 UA
Apogeu 405 696 km
0,0027 UA
Excentricidade 0,0549
Período orbital 27,321582 d (0,074802 a)
Período sinódico 29,530589 d (0,08085 a)
Velocidade orbital média 1,022 km/s
Inclinação Com a eclíptica: 5,145°
Com o equador da Terra: entre 18,29° e 28,58 °
Características físicas
Diâmetro equatorial 3474,8 km
Área da superfície 0,074 Terras
3,793 x 107 km²
Volume 0,020 Terras
2,1958 × 1010 km³
Massa 0,0123 Terras
7,349 x 1022 kg
Densidade média 3,34 g/cm³
Gravidade equatorial 0,1654 g
Período de rotação 27 d 7 h 43 min (rotação síncrona)
Velocidade de escape 2,38 km/s
Albedo 0,1054
Temperatura média: -53,1 ºC
mínima: -173,1 ºC
máxima: 116,9 ºC
Composição da atmosfera
Pressão atmosférica 1 µPa
Hélio
Neônio
Hidrogênio
Argônio
25%
25%
23%
20%

A Lua é o único satélite natural da Terra[nota 1] e o quinto maior do Sistema Solar. É o maior satélite natural de um planeta no sistema solar em relação ao tamanho do seu corpo primário,[nota 2] tendo 27% do diâmetro e 60% da densidade da Terra, o que representa 181 da sua massa. Entre os satélites cuja densidade é conhecida, a Lua é o segundo mais denso, atrás de Io. Estima-se que a formação da Lua tenha ocorrido há cerca de 4,51 mil milhões* de anos,[2] relativamente pouco tempo após a formação da Terra. Embora no passado tenham sido propostas várias hipóteses para a sua origem, a explicação mais consensual atualmente é a de que a Lua tenha sido formada a partir dos detritos de um impacto de proporções gigantescas entre a Terra e um outro corpo do tamanho de Marte.

A Lua encontra-se em rotação sincronizada com a Terra, mostrando sempre a mesma face visível, marcada por mares vulcânicos escuros entre montanhas cristalinas e proeminentes crateras de impacto. É o mais brilhante objeto no céu a seguir ao Sol, embora a sua superfície seja na realidade escura, com uma refletância pouco acima da do asfalto. A sua proeminência no céu e o seu ciclo regular de fases tornaram a Lua, desde a antiguidade, uma importante referência cultural na língua, em calendários, na arte e na mitologia. A influência da gravidade da Lua está na origem das marés oceânicas e ao aumento do dia sideral da Terra. A sua atual distância orbital, cerca de trinta vezes o diâmetro da Terra, faz com que no céu o satélite pareça ter o mesmo tamanho do Sol, permitindo-lhe cobri-lo por completo durante um eclipse solar total.

A Lua é o único corpo celeste para além da Terra no qual os seres humanos já pisaram. O Programa Luna, da União Soviética, foi o primeiro a atingir a Lua com sondas não tripuladas em 1959. O Programa Apollo, do governo dos Estados Unidos, permitiu a realização das únicas missões tripuladas até hoje ao satélite, desde a primeira viagem tripulada em 1968 pela Apollo 8, até seis alunagens tripuladas entre 1969 e 1972, a primeira das quais a Apollo 11. Estas missões recolheram mais de 380 quilogramas de rochas lunares que têm sido usadas no estudo sobre a origem, história geológica e estrutura interna da Lua.

Após a missão Apollo 17, em 1972, a Lua foi visitada apenas por naves espaciais não tripuladas, como pela última sonda do programa soviético Lunokhod. Desde 2004, Japão, China, Índia, Estados Unidos e a Agência Espacial Europeia enviaram sondas espaciais ao satélite natural. Estas naves espaciais têm contribuído para confirmar a descoberta de água gelada em crateras lunares permanentemente escuras nos pólos e vinculada ao regolito lunar. Missões tripuladas futuras para a Lua foram planejadas, através de esforços de governos e do financiamento privado. A Lua permanece, conforme acordado no Tratado do Espaço Exterior, livre para todas as nações que queiram explorar o satélite para fins pacíficos.

  1. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Morais2002
  2. «The moon is still old» (em inglês). 11 de janeiro de 2017. Consultado em 16 de novembro de 2022 


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