Nadëb | ||||||
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População total | ||||||
Regiões com população significativa | ||||||
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Línguas | ||||||
Nadëb | ||||||
Religiões | ||||||
tradicional, cristianismo | ||||||
Grupos étnicos relacionados | ||||||
Dâw, Hupda, Iuhupde |
Os macu-nadebes ou simplesmente nadebes (Nadëb) são uma das etnias macus, que habita o noroeste do estado brasileiro do Amazonas, mais precisamente nas Terras Indígenas Paraná Boá-Boá, Rio Teá e Uneiuxi. Subdividem-se em dois grupos principais: os nadebes-do-rio-negro e os nadebes-do-roçado. Fazem parte da família linguística macu no Brasil, juntamente com outros povos como: dâw, macu-hupdás e macu-iuhupdes. Na literatura etnográfica, linguística e pelos regionais são chamados por vários nomes como: macu, nadëb, nadöbö, anodöub, makunadöbö, guariba, guariua-tapuio, cabori, cabari, xiriwai, xuriwai, kuyawi, camã e nadëp.
Conforme Silverwood-Cope (1972), os macus orientais são conhecidos como “índios da floresta” e são classificados como “caçadores-coletores”. Atualmente, os nadebes podem ser classificados de pescadores e coletores devido à aproximação e moradia nos cursos dos grandes rios. Praticam também a agricultura de subsistência com o plantio da mandioca e de algumas frutas, produzindo derivados da mandioca: farinha, tapioca e beiju com o peixe.
São semi-nômades, matrilocais, etnicamente endogâmicos, tendo a prima cruzada bilateral como par ideal para o casamento. Praticam a exogamia entres seus grupos locais. Sendo matrilocais é o marido que desloca do seu grupo e vai habitar com os parentes da mulher. Tendo o genro a responsabilidade de cuidar dos pais da mulher, inclusive ajudar no plantio de suas roças.