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Município | ||||
De cima para baixo e da esquerda para a direita: 1) minarete da Mesquita Cutubia; 2) muralhas da almedina; 3) músicos Gnaoua na praça Jemaa el-Fna; 4) palácio da Bahia; 5) tapetes à venda num soco; 6) palácio el Badi; 7) exterior da porta Bab Agnaou | ||||
Apelido(s) | Cidade Vermelha • Cidade Ocre • Porta do Sul | |||
Gentílico | marraquexi | |||
Localização | ||||
Localização de Marraquexe em Marrocos | ||||
Coordenadas | 31° 38′ N, 8° 00′ O | |||
País | Marrocos | |||
Região | Marraquexe-Safim | |||
Região (1997-2015) | Marraquexe-Tensift-Al Haouz | |||
Prefeitura | Marraquexe | |||
História | ||||
Fundação | 1062 | |||
Fundador | Abu Becre ibne Omar | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 230 km² | |||
População total (2004) [1] | 801 043 hab. | |||
Altitude | 450 m | |||
Código postal | 40 000 | |||
Sítio | www |
Marraquexe (em francês: Marrakech; em árabe: مراكش; Marrākuš; em berbere: ⵎⵕⵕⴰⴽⵛ; Meṛṛakec) é uma cidade do centro-sudoeste de Marrocos, situada perto do sopé norte da cordilheira do Alto Atlas. Conhecida como a "cidade vermelha", a "pérola do sul" ou a "porta do sul", é a capital da prefeitura homónima e da região de Marraquexe-Safim. Em 2004 tinha 801 043 habitantes[1] na zona urbana e 1 070 838 habitantes na prefeitura.
É a quarta maior cidade do país, a seguir a Casablanca, Fez e Tânger.[a] Situa-se 580 km a sudoeste de Tânger, 327 km a sudoeste de Rabate, 240 km a sudoeste de Casablanca e 246 km a nordeste de Agadir. É das chamadas quatro cidades imperiais de Marrocos (as outras são Fez, Mequinez e Rabate) e a que atrai mais turistas.
A zona é habitada desde o Neolítico, quando agricultores berberes ali viviam, mas a cidade só foi fundada em 1062 por Abu Becre ibne Omar, um caudilho berbere primo do emir almorávida Iúçufe ibne Taxufine. No século XII os Almorávidas construíram muitas madraças (escolas islâmicas) e mesquitas na cidade que apresentavam influências da arquitetura do Alandalus (Ibéria muçulmana). As muralhas avermelhadas da cidade, construídas por Ali ibne Iúçufe (Ben Youssef) em 1122-1123 e vários edifícios construídos em pedra igualmente avermelhada durante este período estão na origem de uma das suas alcunhas — "cidade vermelha" ou "cidade ocre". Marraquexe desenvolveu-se rapidamente e tornou-se um centro cultural, religioso e comercial para o Magrebe e para a região subsariana de África. A praça Jemaa el-Fna ainda hoje é a mais movimentada e animada de África; em 2001 foi inscrita nas listas do Património Cultural Imaterial da Humanidade. Depois de um período de declínio, a cidade foi ultrapassada por Fez, mas no princípio do século XVI tornou-se novamente a capital de Marrocos. Marraquexe ganhou de nova a sua proeminência durante os reinado dos ricos sultões saadianos Abu Abedalá Alcaim (r. 1509–1517) e Amade Almançor (r. 1578–1603), que a embelezaram com sumptuosos palácios como o el Badi (1578) e restauraram muitos monumentos em ruínas. A partir do século XVII, a cidade tornou-se popular entre os peregrinos sufistas devido a nele se situarem os túmulos dos chamados Sete Santos de Marraquexe.
À semelhança de muitas cidades marroquinas, Marraquexe tem uma parte antiga (ou almedina), correspondente à cidade primitiva, cercada de muralhas, fortificada, com ruas pejadas de lojas e vendedores de rua, rodeada por bairros modernos, nomeadamente Gueliz, o mais elegante deles, situado junto ao centro. A almedina de Marraquexe está classificada como Património Mundial desde 1985. A cidade é atualmente um importante centro económico e um destino turístico de fama mundial. Marraquexe tem também o maior maior soco (suq, mercado tradicional) berbere, com os 18 socos especializados que se concentram na almedina, onde se vendem e por vezes também se fabricam os mais variados produtos, que vão desde os tapetes tradicionais berberes até à eletrónica de consumo moderna. O artesanato ocupa uma parte significativa da população, e a sua produção destina-se principalmente aos turistas.
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