Mary Wollstonecraft | |
---|---|
Mary Wollstonecraft por John Opie (1797) | |
Data de nascimento | 27 de abril de 1759 |
Local | Spitalfields, Londres, Inglaterra |
Morte | 10 de setembro de 1797 (38 anos) |
Local | Somers Town, Londres, Inglaterra |
Mary Wollstonecraft (/ˈwʊlstən.krɑːft/; Londres, 27 de abril de 1759 – Londres, 10 de setembro de 1797) foi escritora, filósofa, e defensora dos direitos da mulher inglesa. Até finais do século XX, a vida de Wollstonecraft e suas várias relações pessoais não convencionais àquela altura, receberam mais atenção do que a sua a escrita. Hoje em dia, Wollstonecraft é considerada uma das fundadoras da filosofia feminista (muitos a consideram a primeira escritora feminista[1]), sendo frequentemente citada como uma importante influência aos movimentos feministas.
Durante sua breve carreira, escreveu romances, tratados, uma obra de literatura de viagem, uma história da Revolução Francesa, um livro de conduta e um livro infantil. Wollstonecraft é mais conhecida por Reivindicação dos Direitos da Mulher[2][3] (1792), na qual argumentou que as mulheres não são naturalmente inferiores aos homens, mas apenas pareciam ser porque lhes faltava educação. Ela sugeriu que tanto os homens como as mulheres deveriam ser tratados como seres racionais e imaginava uma ordem social fundada na razão.
Wollstonecraft casou-se em 1797 com o filósofo William Godwin, um dos ancestrais do movimento anarquista. Antes disso, já possuía uma filha, Fanny Imlay nascida em 1794, fruto de uma aventura amorosa anterior. A autora morreu aos 38 anos, deixando para trás vários manuscritos inacabados. Morreu 11 dias após dar à luz a sua segunda filha, Mary Shelley, que se tornaria uma escritora e autora de Frankenstein.
Após a morte de Wollstonecraft, o seu viúvo publicou uma Memória (1798) de sua vida, revelando seu estilo de vida pouco ortodoxo, que inadvertidamente afetou sua reputação pública na sociedade inglesa do século XIX. Contudo, com a emergência do movimento feminista na virada do século XX, a defesa de Wollstonecraft acerca da igualdade das mulheres perante os homens, bem como, suas críticas à feminilidade convencional tornaram-se cada vez mais importantes, revelando a proeminência da autora nos círculos feministas.