Maximiano

Maximiano
Maximiano
Imperador Romano (no Ocidente)
1º Reinado 1 de abril de 286
a 1 de maio de 305
Predecessor Diocleciano (sozinho)
Sucessores Galério e Constâncio Cloro
Coimperador Diocleciano
2ª Reinado
(autodeclarado)
fim de 306
a 11 de novembro de 308
Rivais Constantino (306–307)
Magêncio (307–308)
 
Nascimento c. 250
Sirmio, Panônia,
Império Romano
Morte c. julho de 310 (60 anos)
Massalia, Gália Narbonense, Império Romano
Nome completo  
Marco Aurélio Valério Maximiano
Esposa Eutrópia
Descendência Flávia Maximiana Teodora
Magêncio
Fausta
Religião Politeísmo romano

Marco Aurélio Valério Maximiano Hérculio (em latim: Marcus Aurelius Valerius Maximianus Herculius;[1] c. 250 – c. julho de 310[2]) foi imperador romano de 286 a 305. Deteve o título de César (Caesar)[3][4] de 285 a 286, e de Augusto (Augustus) de 286[5] a 305,[6] título que compartilhou com seu co-imperador e superior, Diocleciano, cuja inteligência política complementava sua força bruta militar. Maximiano estabeleceu sua residência em Augusta dos Tréveros, na atual Alemanha, porém passou a maior parte de sua vida em campanhas militares. No fim do verão de 285 combateu na Gália os rebeldes conhecidos como bagaudas. De 285 a 288 combateu tribos germânicas ao longo da fronteira do Reno. Em 288, juntamente com Diocleciano, deu início a uma campanha de terra arrasada bem no interior do território dos alamanos, removendo temporariamente a ameaça de invasão germânica das províncias ao longo do Reno.

O homem indicado por Maximiano para patrulhar as costas do Canal da Mancha, Caráusio, se revoltou em 286, causando a secessão da Britânia e do noroeste da Gália. Maximiano não conseguiu derrubar Caráusio, e sua frota naval foi destruída por tempestades em 289 ou 290. Constâncio, um general subordinado a Maximiano, iniciou campanhas militares contra o sucessor de Caráusio, Alecto, enquanto Maximiano manteve militarmente a fronteira do Reno. O líder dos rebeldes acabou sendo derrotado em 296, e Maximiano deslocou suas tropas para o sul, visando combater piratas na Hispânia e incursões berberes na Mauritânia. Com o fim destas campanhas, em 298, Maximiano partiu para a Itália, onde viveu confortavelmente até 305. Sob ordens de Diocleciano, Maximiano abdicou em 1 de maio de 305, passando o título de Augusto para Constâncio, e se estabelecendo no sul da Itália.

No fim de 306 Maximiano assumiu novamente o título de Augusto e apoiou a rebelião liderada por seu filho, Magêncio, na Itália. Em abril de 307 tentou depor seu filho, porém não obteve sucesso e fugiu para a corte do sucessor de Constâncio, Constantino (que era neto adotivo e genro de Maximiano), em Augusta dos Tréveros. No Concílio de Carnunto, em novembro de 308, Diocleciano e seu sucessor, Galério, forçou Maximiano a renunciar novamente ao título imperial. No início de 310 Maximiano tentou se apossar do título de Constantino enquanto este estava numa campanha militar no Reno; poucos, no entanto, o apoiaram nesta empreitada, e ele acabou sendo capturado por Constantino em Massília (atual Marselha). Maximiano cometeu suicídio no verão de 310, sob ordens de Constantino. Durante a guerra entre ambos, a imagem de Maximiano acabou sendo removida de todos os monumentos públicos; após Magêncio ser deposto e morto por Constantino, no entanto, sua imagem foi reabilitada, e ele foi deificado.

  1. No latim clássico o nome de Maximiano seria inscrito como MARCVS AVRELIVS VALERIVS MAXIMIANVS HERCVLIVS AVGVSTVS.
  2. Barnes, New Empire, 32.
  3. Barnes, Constantine and Eusebius, 6; Barnes, New Empire, 4.
  4. Potter, 280–81.
  5. Barnes, Constantine and Eusebius, 6–7; Potter, 282; Southern, 141–42. A cronologia da indicação de Maximiano ao cargo de Augusto é um tanto incerta (Corcoran, "Before Constantine", 40; Southern, 142). Sugeriu-se por vezes que ele teria sido nomeado Augusto a partir de julho de 285, e nunca teria sido César. Esta teoria, no entanto, não recebeu muito apoio (Potter, 281; Southern, 142; following De Casearibus 39.17).
  6. Barnes, New Empire, 4.

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