Meningite | |
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Meninges do sistema nervoso central: dura-máter, aracnoide e pia-máter. | |
Especialidade | Infectologia, neurologia |
Sintomas | Febre, dor de cabeça, rigidez do pescoço[1] |
Complicações | Perda auditiva, epilepsia, hidrocefalia, défice cognitivo[2][3] |
Causas | Vírus, bactérias, outras[4] |
Método de diagnóstico | Punção lombar[1] |
Condições semelhantes | Tumor cerebral, lúpus, doença de Lyme, ataque epiléptico, síndrome neuroléptica maligna,[5] naegleríase[6] |
Prevenção | Vacinação[2] |
Medicação | Antibióticos, antivirais, esteroides[1][7][8] |
Frequência | 8,7 milhões (2015)[9] |
Mortes | 379 000 (2015)[10] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | G00–G03 |
CID-9 | 320–322 |
DiseasesDB | 22543 |
MedlinePlus | 000680 |
eMedicine | med/2613 emerg/309 emerg/390 |
MeSH | D008581 |
Leia o aviso médico |
Meningite é uma inflamação aguda das membranas protetoras que revestem o cérebro e a medula espinal, denominadas coletivamente por meninges.[2] Os sintomas mais comuns são febre súbita e elevada, dor de cabeça intensa e rigidez no pescoço.[1] Entre outros possíveis sintomas estão confusão mental ou alteração do estado de consciência, vómitos e intolerância à luz ou a barulho.[1] As crianças mais novas geralmente manifestam apenas sintomas inespecíficos, como irritabilidade, sonolência ou recusa em comer.[1] A meningite causada por bactérias meningocócicas apresenta manchas características na pele.[2][3]
A inflamação das meninges é geralmente causada por uma infeção por vírus, bactérias ou outros microorganismos. Ainda que de forma pouco comum, pode também ser causada por alguns medicamentos.[4] A meningite pode provocar a morte devido à proximidade da inflamação com o cérebro e medula espinal, o que faz com que a condição seja classificada como emergência médica.[2][8] Um diagnóstico de meningite pode ser confirmado ou excluído com uma punção lombar.[1] Este procedimento consiste na inserção de uma agulha no canal medular para recolher uma amostra do líquido cefalorraquidiano que envolve o cérebro e medula espinal, a qual é posteriormente analisada em laboratório.[8]
Algumas formas de meningite podem ser prevenidas mediante vacinação com a vacina meningocócica, vacina contra a papeira, vacina antipneumocócica e vacina Hib.[2] Pode também ser útil administrar antibióticos em pessoas com exposição significativa a determinados tipos de meningite.[1] O tratamento inicial da meningite aguda é a administração imediata de antibióticos e, em alguns casos, de antivirais.[1][7] Podem também ser administrados corticosteroides para prevenir complicações resultantes de uma inflamação excessiva.[3][8] A meningite pode causar complicações graves a longo prazo, incluindo perda auditiva, epilepsia, hidrocefalia ou défice cognitivo, sobretudo quando não é tratada rapidamente.[2][3] Quando não é tratada, a meningite bacteriana é quase sempre fatal. Pelo contrário, a meningite viral tende a resolver-se espontaneamente e raramente é fatal.[2][3]
Em 2015 houve 8,7 milhões de casos de meningite em todo o mundo[9] No mesmo ano, a doença foi responsável por 379 000 mortes, uma diminuição em relação às 464 000 em 1990.[10][11] Com tratamento adequado e atempado, o risco de morte por meningite bacteriana é inferior a 15%.[1] Entre dezembro e junho ocorrem frequentemente surtos da doença numa faixa da região da África subsariana entre a Gâmbia e a Eritreia.[12] Podem também ocorrer pequenos surtos em outras regiões do mundo.[12] O termo meningite tem origem no grego μῆνιγξ meninx, que significa "membrana", e no sufixo médico -ite, ou "inflamação".[13][14]