Miguel Lemos

Miguel Lemos
Nome completo Miguel Carlos Correia de Lemos
Nascimento 25 de novembro de 1854
Niterói, Município Neutro, Brasil
Morte 10 de agosto de 1917 (62 anos)
Petrópolis, Distrito Federal, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Ocupação filósofo

Miguel Carlos Correia de Lemos (Niterói, 25 de novembro de 1854Petrópolis, 10 de agosto de 1917) foi um filósofo brasileiro, de orientação positivista.

Estudou na Escola Politécnica do Rio de Janeiro e, nessa época, aderiu ao positivismo. Juntamente com Teixeira Mendes e Benjamin Constant fundou, em 1876, a Sociedade Positivista Brasileira, a primeira do Brasil.

Em 1877 publicou o primeiro livro, Pequenos ensaios positivistas, em que registra o aparecimento do positivismo no Brasil.

Abandonou a Escola Politécnica do Rio de Janeiro em 1877 e viajou para Paris, onde conheceu Emile Littré e Pierre Laffite, os quais exerceram grande influência sobre suas ideias. Sendo inicialmente adepto da corrente positivista de Littré, em Paris pôde observar de perto a abordagem de cada um desses discípulos de Augusto Comte e comparou as versões "filosófica" (de Littré) e a "religiosa" (defendida por Laffitte) do Positivismo, chegando à conclusão de que a corrente positivista mais coerente e mais completa era a religiosa (embora alguns anos depois tenha rompido com Laffitte). Da mesma forma, em Paris conheceu o chileno Jorge Lagarrigue, que realizou transição semelhante (isto é, do "littreísmo" para o "laffittismo") e de quem se tornou grande amigo. Ainda em Paris foi ordenado "Aspirante a sacerdote da Humanidade" por Laffitte.

Voltando para o Brasil, iniciou uma contínua e enérgica ação política, social e religiosa a partir dos princípios do Positivismo, transformando a antiga Sociedade Positivista do Brasil, de caráter acadêmico mas apática, em Apostolado e Igreja Positivista do Brasil. Nessa nova instituição ocupava a posição de Diretor, sendo seu vice-Diretor o maranhense Raimundo Teixeira Mendes.

Como dito, a Igreja Positivista do Brasil imediatamente tomou posição a respeito das mais variadas questões sociais, políticas e religiosas, entre as quais podemos citar: participação nas campanhas abolicionista e republicana; defesa dos direitos sociais e trabalhistas (incluindo, por exemplo, o direito de greve); o pacifismo; a separação entre a Igreja e o Estado (isto é, o laicismo); a defesa da justiça social e inúmeras outras.

A partir da década de 1900, todavia, por motivos de saúde, passou a atuar cada vez menos na Igreja Positivista, cedendo lugar a seu colega e amigo Teixeira Mendes. Morreu em 1917, sendo velado na sede da Igreja Positivista, e sepultado no Cemitério de São João Batista.


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