Mikhail Gorbatchov

Mikhail Gorbatchov
Михаил Горбачёв
Mikhail Gorbatchov
Gorbatchov em 1989.
7.º Secretário-Geral do Partido Comunista
da União Soviética
Período 11 de março de 1985
a 24 de agosto de 1991
10.° Presidente do Presidium do Soviete Supremo
Período 11 de março de 1988
a 24 de agosto de 1989
Antecessor(a) Andrei Gromyko
Sucessor(a) Ele mesmo como Presidente da URSS
1.º Presidente da União Soviética [nota 1]
Período 1 de outubro de 1988
a 25 de dezembro de 1991
Antecessor(a) Ele mesmo como Presidente do Presidium
Sucessor(a) Posição abolida
Dados pessoais
Nome completo Mikhail Sergueievich Gorbatchov
Nascimento 2 de março de 1931
Stavropol, União Soviética
Morte 30 de agosto de 2022 (91 anos)
Moscou, Rússia
Progenitores Mãe: Maria Gopkalo
Pai: Serguei Gorbatchov
Alma mater Universidade de Moscou
Prêmio(s) Nobel da Paz (1990)
Prêmio da Paz Albert Einstein (1990)
Esposa Raíssa Gorbachova (1953–1999)
Filhos(as) 1
Partido PCUS (1952–1991)
PSDUR (2000–2001)
PSDR (2001–2007)
USD (2007–2017)
Religião Ateísmo
Profissão Jurista e agrônomo
Assinatura Assinatura de Mikhail Gorbatchov
Website The Gorbatchov Foundation
Líder da União Soviética
Chernenko  · Último titular

Mikhail Sergeevitch Gorbatchov[1] ou Gorbachev; [nota 2] em russo: Михаи́л Серге́евич Горбачёв, GLC, (Stavropol, 2 de março de 1931Moscou, 30 de agosto de 2022) foi um estadista e político russo. Último líder da União Soviética, foi Secretário-Geral do Partido Comunista da União Soviética (PCUS) de 1985 a 1991. Foi chefe de Estado do país de 1988 a 1991, na posição de Presidente do Presidium do Soviete Supremo de 1988 a 1989, Presidente do Soviete Supremo de 1989 a 1990 e Presidente da União Soviética de 1990 a 1991. Ideologicamente, sua identificação inicial era com os ideais marxistas-leninistas, tendo, entretanto, no início da década de 1990, se inclinado à social-democracia.

De origens russas e ucranianas, Gorbatchov nasceu em Privolnoye, Krai de Stavropol em uma família pobre, de camponeses. Nascido e criado durante o governo de Josef Stalin, operava colheitadeiras em uma fazenda coletiva durante sua juventude, antes de filiar-se ao Partido Comunista, que, à época, governava a União Soviética sob um regime unipartidário de orientação marxista-leninista. Durante seus estudos na Universidade Estatal de Moscou, casou-se com sua colega de faculdade Raíssa Titarenko em 1953, dois anos antes de graduar-se em direito. Ao mudar-se para Stavropol, trabalhou para a Komsomol, organização juvenil do PCUS e, após a morte de Stalin, tornou-se um forte apoiador das reformas desestalinizadoras do líder soviético Nikita Khrushchov. Foi nomeado Primeiro Secretário do Comitê Regional de Stavropol do PCUS em 1970, posição na qual supervisionou a construção do Grande Canal de Stavropol. Em 1978, retornou a Moscou para tornar-se Secretário do Comitê Central do PCUS e, em 1979, entrou para o Politburo. Após os três anos que se seguiram desde a morte do líder soviético Leonid Brezhnev, após os breves governos de Yuri Andropov e Konstantin Chernenko, o Politburo elegeu Gorbatchov Secretário-Geral, tornando-o chefe de governo de facto, em 1985.

Apesar de seu compromisso de preservar o estado soviético e seus ideais socialistas, Gorbatchov acreditava que reformas políticas significativas eram necessárias, especialmente após o acidente nuclear de Chernobyl de 1986. Ordenou a retirada soviética da Guerra do Afeganistão e participou de diversos encontros com o presidente dos Estados Unidos Ronald Reagan para limitar a proliferação de armas nucleares e acabar com a Guerra Fria. No que diz respeito à política interna, implementou a glasnost ("transparência"), política que aumentava as liberdades de expressão e imprensa, e a perestroika ("reestruturação"), política que objetivava descentralizar a tomada de decisões no âmbito econômico, com o propósito de aumentar a eficiência econômica. Suas medidas democratizantes e a formação do Congresso dos Deputados do Povo enfraqueceram o sistema estatal unipartidário. Gorbatchov recusou-se a intervir militarmente nos vários países do Bloco do Leste que abandonaram suas orientações marxistas-leninistas nos anos de 1989 e 1990. Um sentimento nacionalista crescente ameaçava o colapso da União Soviética, levando partidários marxistas-leninistas a tentarem um golpe de Estado contra o governo de Gorbatchov em agosto de 1991. Subsequentemente, houve a dissolução da União Soviética contra os desejos de Gorbatchov, levando-o a renunciar em dezembro. Após deixar o cargo, criou a Fundação Gorbatchov, tornou-se crítico dos governos dos presidentes russos Boris Yeltsin e Vladimir Putin, e fez campanha pelo movimento social-democrata russo.

Considerado uma das figuras mais importantes da segunda metade do século XX, Gorbatchov continua uma figura controversa. Galardoado com um grande número de prémios, incluindo o Prêmio Nobel da Paz, foi amplamente elogiado por seu papel pelo fim da Guerra Fria, pela redução dos abusos de direitos humanos na União Soviética e por sua tolerância tanto à queda dos governos socialistas do leste europeu quanto à reunificação da Alemanha. Por outro lado, na Rússia, é constantemente escarnecido por não ter impedido o colapso soviético, evento que resultou em um declínio da influência russa no mundo e precedeu uma crise econômica.


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  1. Butson, Thomas (1986). Gorbachev. São Paulo: Circulo do Livro. ISBN 85-332-0084-6 

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