Monografia é uma dissertação (em sentido lato) sobre um ponto particular de uma ciência, de uma arte, de uma localidade, sobre um mesmo assunto ou sobre assuntos relacionados. Comumente escrita apenas por uma pessoa. É o principal tipo de texto científico. Trabalho acadêmico que apresenta resultado de investigação científica e hipótese de pesquisa, previamente, definida.
Conforme a norma ABNT NBR 6023:2018, monografia é um "item não seriado, isto é, item completo, constituído de uma só parte, ou que se pretende completar em um número preestabelecido de partes separadas.".[1]
Monografias elaboradas para a obtenção de título de bacharel (trabalho de conclusão de curso), de título de especialista ou de título de mestre não possuem o requisito referente à originalidade, pois este é elemento essencial em teses de doutorado. Ao não se exigir originalidade, é possível elaborar um texto argumentativo em que são confrontados diversos posicionamentos relativos a determinada temática.
Monografias exigidas para a conclusão de cursos de graduação e de especialização possuem em média 50 laudas (páginas), são apresentadas perante uma banca examinadora composta por dois ou três docentes e, em via de regra, são públicas.
Segundo o Dicionário Aurélio, a monografia é o estudo minucioso a fim de esgotar determinado tema, relativamente, restrito. A partir do exposto por Umberto Eco,[2] para facilitar a elaboração da monografia, o pesquisador deve escolher um tema que possua afinidade e estudo prévio, que possua uma bibliografia de fácil acesso, que já tenha sido discutido em outros textos científicos e que o marco teórico utilizado esteja em uma língua que seja compreensível pelo acadêmico:
De acordo com seus propósitos, a monografia é construída a partir de inúmeras regras que visam ao melhor tratamento da ideia ou do assunto. Desse modo, deve-se estruturar um texto argumentativo o qual possui três elementos fundamentais segundo a professora Cristina Godoy da Faculdade de Direito da USP - Ribeirão Preto: a) hipótese de pesquisa: a ideia que será defendida no trabalho acadêmico; b) dados: fatos e dados estatísticos empregados para sustentar o argumento central e c) garantias: conexão entre a hipótese de pesquisa e os dados mediante o discurso construído pelo acadêmico.[3]
A metodologia científica[4] deve ser definida de forma clara antes da elaboração do texto da monografia, já que a metodologia indica o caminho a ser percorrido pelo pesquisador para sustentar o argumento central defendido em sua monografia. Os argumentos e os contra-argumentos devem ser conectados de forma lógica, sendo que a metodologia é a forma como estes serão interligados.
Desse modo, é preciso possuir clareza acerca do debate existente em relação ao tema delimitado. Deve-se apresentar os argumentos e contra-argumentos para sustentar a ideia da monografia, permitindo ao leitor a constatação do porquê da relevância do trabalho científico e qual é a questão-chave existente.
Conforme a Norma ABNT 14724,[5] a estrutura do trabalho acadêmico é composta por três elementos: elementos pré-textuais, elementos textuais e elementos pós-textuais.