Movimento Branco

Aleksandr Kolchak revistando membros do exército branco.

O Movimento Branco, cujo braço militar é conhecido como Exército Branco (em russo: Белая Армия) ou Guarda Branca (Белая Гвардия, белогвардейцы) e cujos membros eram conhecidos como brancos (Белые, ou Беляки) ou russos brancos (expressão que tem também outros significados), foi uma confederação (nominal) de organizações e grupos que atuavam na Rússia no começo do século XX, unindo movimentos, tanto políticos como militares, que se opuseram aos bolcheviques após a Revolução de Outubro e lutaram, durante a Guerra Civil Russa de 1918 a 1921, contra o Exército Vermelho, da mesma forma que o Exército Verde nacionalista, o Exército Negro anarquista e o Exército Azul separatista polonês.[1][2]

A denominação branco tem dois significados:

  • Primeiro, colocava-se em oposição aos vermelhos — o Exército Vermelho revolucionário que apoiava o Soviete Supremo e o comunismo.
  • Segundo, a palavra branco tem associações monarquistas: historicamente, o primeiro monarca da Rússia unificada, Ivan III, foi denominado Albus Rex, ou "czar branco", e seus sucessores também eram chamados, solenemente, de "czar branco". Ademais, alguns dos soldados do Exército Branco usavam uniformes brancos da Rússia Imperial, e o ideal monarquista durante a guerra civil era conhecido como a ideia branca. Os russos chamados "brancos", são os que não têm ascendência mongol, povo que explorou por séculos os russos. O povo da Bielorrússia (Rússia Branca) tem olhos acinzentados, livre da miscigenação mongol.

Com a vitória comunista na Guerra Civil Russa, os membros do Movimento Branco que não morreram ou foram enviados para campos de trabalho acabaram optando, em sua maioria, por sair do país (Emigração branca). Alguns grupos, porém, continuaram a atuar na União Soviética, de forma clandestina, até 1989. Aqueles que se exilaram no exterior, adotaram uma linha liberal e conservadora, com muitos defendendo a restauração da Dinastia Romanov (na era pós dissolução da União Soviética), e outros defendendo uma república não autocrática.[3]

  1. Kenez, Peter (1977). Civil War in South Russia, 1919-1920: The Defeat of the Whites. Berkeley: University of California Press 
  2. Kenez, Peter (1971). Civil War in South Russia, 1918: The First Year of the Volunteer Army. Berkeley: University of California Press 
  3. Kenez, Peter (1980). «The Ideology of the White Movement». Soviet Studies (32): 58–83 

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