Nacionalismo negro (em inglês: Black nationalism) é um conceito que defende uma definição racial (ou redefinição) da identidade nacional, em oposição ao multiculturalismo. Existem diferentes filosofias nacionalistas negras, mas os princípios de todas são a unidade e a autodeterminação, ou independência, em relação à sociedade europeia.[1][2] Martin Delany, um abolicionista afro-americano, é considerado um precursores do nacionalismo negro. Entre as personalidades relacionadas ao movimento estão Malcolm X,[3] os Panteras Negras, Nação do Islã, Novos Panteras Negras, Black Guerrilla Family, Black Mafia Family, Black Liberation Army e a gang Crips.[4]
Inspirados pelo aparente sucesso da Revolução Haitiana, as origens do nacionalismo negro, africano e indígena entraram no pensamento político durante o século XIX, com pessoas como Marcus Garvey. A repatriação de escravos afro-americanos para a Libéria e Serra Leoa era um assunto comum entre os nacionalistas negros do século XIX. A Associação Universal para o Progresso Negro, de Garvey, que existiu entre os anos 1910 e 1920, era o mais poderoso movimento nacionalista negro a época, reivindicando cerca de 11 milhões de membros.[4]
Do nacionalismo negro surgiu a proposta de organização dos Estados Unidos da África (United States of Africa), uma federação que reuniria 55 países soberanos da África.[5][6]