O naturalismo é, "em oposição ao sobrenatural ou espiritual, a ideia ou crença de que apenas as leis e as forças naturais operam no mundo; em extensão, a ideia ou crença de que não existe nada além do mundo natural".[Ref. 1] Os adeptos do naturalismo — ou seja, os naturalistas — afirmam que as leis naturais são as regras que regem a estrutura e o comportamento do universo natural; que cada etapa da evolução do universo é um produto dessas leis.[Nota 1]
"Naturalismo, intuitivamente, pode ser separado em um componente metafísico e outro metodológico".[Ref. 2] Metafísica, aqui, refere-se ao estudo filosófico da natureza da realidade. O filósofo Paul Kurtz argumenta que a natureza é melhor explicada por referência aos princípios materiais. Esses princípios incluem massa, energia e outras propriedades físicas e químicas aceitas pela comunidade científica. Nesses termos, a acepção corrente de "naturalismo" implica a afirmação não cética de que divindades, espíritos e fantasmas não são reais, e que não existe um "propósito" na natureza. Tal crença absoluta no naturalismo é comumente referida como o naturalismo metafísico, ou de forma equivalente, naturalismo ontológico.[Ref. 3]
Por outro lado, considerando-se o naturalismo encontrado nos métodos de trabalho — sem necessariamente considerar o naturalismo como uma verdade absoluta com meras vinculações filosóficas, esse é então chamado de naturalismo metodológico.[Ref. 4] O assunto aqui é uma filosofia de aquisição de conhecimento; e a afirmação anterior sustenta-se atualmente, contudo de forma cética.
Com exceção dos panteístas— que acreditam que a natureza e Deus são uma e a mesma coisa — teístas contrapõem-se à ideia de que a natureza é tudo que existe. Eles acreditam em um ou mais deuses transcendentes ao natural, geralmente criador(es) da natureza. Embora as leis naturais ainda tenham um lugar em suas teologias, tidas nessas como secundárias, as leis naturais não definem nem limitam as divindades, as causas primárias. Na maioria[Nota 2] das correntes teístas, os deuses são vistos como entidades diretamente atuantes no mundo natural e aparte de suas leis naturais.
No século XX, Willard Van Orman Quine, George Santayana, e outros filósofos argumentaram que o sucesso do naturalismo na ciência significava que os métodos científicos também deviam ser usados na filosofia. Diz-se nesse caso que a ciência e a filosofia formam um continuum.
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