A Navalha de Ockham,[nota 1] também chamada de princípio da economia,[nota 2] é um princípio de investigação heurístico advindo da escolástica que, para a formação de hipóteses explicativas, exige a maior parcimônia em termos de complexidade.[3][4][5] Nomeado em homenagem a Guilherme de Ockham (1288–1347), o princípio é elemento do método científico,[6] sendo também aplicado na filosofia da ciência.
Grosso modo, o princípio postula que de múltiplas explicações adequadas e possíveis para o mesmo conjunto de fatos, deve-se optar pela mais simples daquelas. Por “simples” entende-se aquela que contiver o menor número possível de variáveis e hipóteses com relações lógicas entre si, das quais o fato a ser explicado segue logicamente.[7]
Em termos simplificados, a Navalha de Ockham pode ser descrita da seguinte forma:
Em igualdade de condições, a explicação mais simples é geralmente a mais provável.[8]
A regra de Ockham está associada à exigência de reconhecer, para cada objeto analisado, apenas uma explicação suficiente. Na prática científica atual, o consenso dita que essa explicação não deve ser necessariamente monocausal, podendo consistir em múltiplas frases correlatas. A designação metafórica de "navalha" resulta da possibilidade de todas as outras explicações de um fenômeno poderem ser simples e simultaneamente removidas como que por uma navalha.[2]
A vantagem prática desse princípio para a busca de teorias reside no fato de que teorias com poucas e simples suposições são mais facilmente verificáveis do que aquelas com muitas e complicadas.[9] A navalha de Ockham é, porém, apenas um dos vários critérios para atestar a qualidade de uma teoria.[10] Com ela não se pode julgar a validade de modelos explicativos, mas pode-se descartar suposições desnecessárias.[11] Uma abordagem moderna e reducionista é o princípio KISS. Um desdobramento do princípio da parcimônia na ciência é, na matemática, o princípio de permanência.
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