Neoconservadorismo (ou neocon) é uma corrente da filosofia política que surgiu nos Estados Unidos a partir da rejeição do liberalismo social, pacifismo, relativismo moral, social-democracia e da contracultura da Nova Esquerda dos anos 1960.[1] Alguns também começaram a questionar suas crenças social-liberais em relação às políticas domésticas, como a Grande Sociedade. Os neoconservadores normalmente defendem a promoção da democracia e do intervencionismo nos assuntos internacionais, incluindo a paz pela força, e são conhecidos por defender o desdém pelo comunismo e pelo radicalismo político.[2][3]
O neoconservadorismo influenciou o governo George W. Bush,[4] representando um realinhamento da política estadunidense e a "conversão" de alguns membros da esquerda para a direita do espectro político.[5]
Neoconservadores proeminentes na administração de George W. Bush incluíram Paul Wolfowitz, Elliott Abrams, Richard Perle e Paul Bremer. Embora não se identificassem como neoconservadores, altos funcionários do vice-presidente Dick Cheney e do secretário de Defesa Donald Rumsfeld ouviram atentamente os conselheiros neoconservadores em relação à política externa, especialmente a defesa de Israel e a promoção da influência americana no Oriente Médio. Muitos de seus adeptos tornaram-se politicamente influentes durante as administrações presidenciais republicanas das décadas de 1970, 1980, 1990 e 2000, atingindo o pico de influência durante a administração de George W. Bush, quando desempenharam um papel importante na promoção e planejamento da invasão do Iraque em 2003.[6]
O neoconservadorismo estadunidense enfatiza a política externa, especialmente as intervenções políticas e militares em outros países, como sendo o aspecto mais importante das responsabilidades do governo, no sentido de assegurar o papel dos Estados Unidos como única superpotência - condição considerada indispensável para a preservação da ordem mundial.[7]
Os críticos do neoconservadorismo usaram o termo para descrever a política externa e os falcões de guerra que apóiam o militarismo agressivo ou o neoimperialismo. Historicamente falando, o termo neoconservador se refere àqueles que fizeram a jornada ideológica da esquerda antistalinista para o campo do conservadorismo americano durante as décadas de 1960 e 1970.[8] O movimento teve suas raízes intelectuais na revista Commentary, editada por Norman Podhoretz.[9] Eles se manifestaram contra a Nova Esquerda e assim ajudaram a definir o movimento.[10][11]
O primeiro neoconservador declarado foi Irving Kristol, que explicitou sua condição em artigo de 1979, intitulado Confessions of a True, Self-Confessed 'Neoconservative' ("Confissões de um verdadeiro 'neoconservador' confesso"). O pensamento neocon rompeu com o conservadorismo a medida que se mostrou ser um pensamento europeu e não do novo mundo.[12]
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