Neogramscismo,[1] ou neogramscianismo,[2] aplica uma abordagem de teoria crítica para o estudo das relações internacionais (RI) e da economia política internacional (EPI) que explora a interface de ideias, instituições e capacidades materiais à medida que moldam os contornos específicos da formação do Estado. A teoria é fortemente influenciada pelos escritos de Antonio Gramsci.[3]
O neogramscismo analisa como a constelação particular das forças sociais, o Estado e a configuração ideacional dominante definem e sustentam as ordens mundiais. Nesse sentido, a abordagem neogramscista quebra o impasse de décadas entre as escolas de pensamento realistas e as teorias liberais ao historicizar os fundamentos muito teóricos dos dois fluxos como parte de uma determinada ordem mundial e encontrar a relação interligada entre agência e estrutura. Além disso, Karl Polanyi, Karl Marx, Max Weber, Niccolò Machiavelli, Max Horkheimer, Theodor Adorno e Michel Foucault são citados como principais fontes dentro da teoria crítica das relações internacionais.[3]