Orgasmo

O orgasmo é a conclusão do ciclo de resposta sexual que corresponde ao momento de maior prazer sexual. Pode ser experimentado por ambos os sexos, dura apenas poucos segundos e é sentido durante o ato sexual ou a masturbação. O orgasmo pode ser detectado com a ejaculação na maior parte das espécies de mamíferos masculinos. Por outro lado, na espécie humana, o orgasmo masculino, por exemplo, nem sempre está acompanhado de ejaculação, podendo ocorrer o orgasmo sem ejaculação, como podemos observar nos cânones taoistas na China (In Chang, 1979).[1]

O orgasmo é uma das fases da resposta sexual, como descrita por Masters e Johnson. Caracteriza-se por intenso prazer físico mediado pelo sistema nervoso autônomo,[2] acompanhado por ciclos de rápidas contrações musculares nos músculos pélvicos, que rodeiam os órgãos sexuais e o ânus, sendo frequentemente associados a outras acções involuntárias, como espasmos musculares em outras partes do corpo e uma sensação geral de euforia. Sua ausência é denominada anorgasmia. Além desta definição, temos o orgasmo como um potente estado alterado de consciência e ainda temos o para-orgasmo como sendo "o estado existencial de autorealização e prazer de viver intraduzível em palavras e geralmente vivenciado a partir de curtos momentos, ou momentos de pico".

No sentido estrito, apresenta-se como um pico rápido de excitação seguido ou não de ejaculação e com rápida queda na sensação de prazer.[3] Uma vez que os órgãos sexuais têm a mesma origem embriológica em ambos os sexos, a sensação é equivalente para homens e mulheres, podendo haver um período refratário à estimulação direta após o orgasmo. Nas mulheres, as contrações musculares causam expulsão de líquido através da vagina, caracterizando a ejaculação feminina. É um período de grande relaxamento e queda da pressão arterial, devido à liberação da prolactina.[4] Há também redução temporária das atividades do córtex cerebral.[5] No sentido amplo, o orgasmo, pelo menos na espécie humana, traduz a capacidade de amar, de entrega ao amor e ao prazer, sendo uma atitude de cunho não neurótico que, temporariamente, anula os sintomas básicos da neurose a partir da liberação da energia ou hormônio sexual ou libido (Reich, W. A Função do Orgasmo).

  1. Abril. «Equilíbrio». Consultado em 12 de janeiro de 2012. Arquivado do original em 2 de fevereiro de 2009 
  2. Kyria. «What Every Woman Needs to Know about Sexual Satisfaction» (em inglês). Consultado em 12 de janeiro de 2012. Arquivado do original em 10 de janeiro de 2012 
  3. «Americana não alcança orgasmo e agride namorado»  G1
  4. Exton, MS; et al. (2001). «Coitus-induced orgasm stimulates prolactin secretion in healthy subjects» 3 ed. Psychoneuroendocrinology. 26: 287 – 94. Consultado em 28 de maio de 2006 
  5. Georgiadis J, Kortekaas R, Kuipers R, Nieuwenburg A, Pruim J, Reinders A, Holstege G (2006). «Regional cerebral blood flow changes associated with clitorally induced orgasm in healthy women» 11 ed. Eur J Neurosci. 24: 3305-16. PMID 17156391 

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