Pandemia de gripe A de 2009 | |
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Casos e mortes confirmadas de Gripe A por país e território do mundo. Países com casos confirmados e ao menos 1 morte relatada. Países com casos confirmados, mas nenhuma morte relatada. Sem morte relatada, sem população ou sem dados disponíveis.
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Doença | Gripe suína |
Vírus | Influenzavirus A subtipo H1N1 |
Origem | Via porcos[1] |
Local | Mundo |
Período | 1 ano e 8 meses |
Local do primeiro caso | La Gloria, Veracruz, México |
Início | 31 de janeiro de 2009[2] |
Fim | 18 de setembro de 2010[2] |
Estatísticas globais | |
Casos confirmados | 491 382 (confirmados em laboratório)[3] Casos suspeitos: 700 milhões – 1,4 bilhão (11% – 21% da população mundial) (est.)[4] |
Mortes | Confirmados em laboratório: 18 449 (relatadas a OMS)[5] Mortes suspeitas: 284 000 (est. do CDC e OMS)[6] |
Área afetada | Global |
Territórios afetados | 217 |
Gripe |
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A pandemia de gripe A de 2009[7] (inicialmente designada como gripe suína e gripe mexicana[8] e em abril de 2009 como gripe A) foi uma pandemia de uma variante de gripe suína cujos primeiros casos ocorreram no México em meados do mês de março de 2009.[9] Veio a espalhar-se pelo mundo, tendo começado pela América do Norte, atingindo pouco tempo depois a Europa e a Oceania. A pandemia durou cerca de 20 meses, de janeiro de 2009 a agosto de 2010, e é a segunda das duas pandemias envolvendo o vírus da gripe H1N1 (a primeira foi a pandemia de gripe espanhola de 1918–1920 ), embora uma nova cepa. O vírus foi identificado como uma nova cepa do já conhecido Influenza A subtipo H1N1, o mesmo vírus responsável pelo maior número de casos de gripe entre humanos, o que tornou possível também a designação nova gripe A, em oposição à gripe A comum. Ele contém ARN típico de vírus aviários, suínos e humanos, incluindo elementos dos vírus suínos europeus e asiáticos. Os sintomas da doença são o aparecimento repentino de febre, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e nas articulações, irritação nos olhos e fluxo nasal.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou em 25 de abril de 2009 que a epidemia era um caso de "Emergência de Saúde Pública de Âmbito Internacional", significando que os países em todo o mundo deverão acentuar a vigilância em relação à propagação do vírus.[10] No dia 27 de abril de 2009, a mesma organização elevou o nível de alerta pandêmico para 4,[11][12] o que significa que se verifica transmissão pessoa a pessoa, com risco de surtos localizados.[12] Dois dias depois, no dia 29, OMS eleva para 5 o nível de alerta,[13] o que significa que há a transmissão da doença entre pessoas em pelo menos dois países com um risco de pandemia iminente.[14] A escala da OMS vai de 1 a 6.[15] No dia 11 de junho o nível de alerta subiu ao máximo (nível 6) e é decretada a pandemia,[16] visto esta existir em mais de 75 países e em vários continentes.
Em 10 de agosto de 2010, a diretora-geral do organismo da OMS, Margaret Chan, anunciou o fim da pandemia de gripe A. "O mundo não está mais na fase seis de alerta pandémico. Passamos para a fase pós-pandémica", disse a directora-geral do organismo.[17][18] Mais de uma em cada cinco pessoas terão sido infectadas com o vírus H1N1 durante a pandemia gripal, embora oficialmente esta tenha causado menos mortes que uma simples gripe sazonal, indica um estudo divulgado em janeiro de 2013. O estudo, conduzido pelo Imperial College London e pela OMS, mostra que 20 a 27 por cento das populações analisadas em duas dezenas de países foram infectadas pelo H1N1, o que vem confirmar que o vírus era altamente contagioso.[19]
No entanto, em Junho de 2010, a conclusão de um relatório aprovado pela assembleia parlamentar do Conselho da Europa acusou a referida Organização Mundial de Saúde (OMS) de ter «sobrestimado o vírus H1N1» e denunciou o «desperdício de fundos públicos na compra de vacinas» e «ligações entre os peritos da OMS e a indústria farmacêutica». A comprovar, um relatório publicado pelo British Medical Journal revela que as recomendações da OMS teriam sido redigidas por técnicos, contratados como consultores por vários laboratórios farmacêuticos[20].
Em um ano, a Gripe A provocou mais de 18 mil mortos, um número distante das previsões iniciais, dadas pela referida organização de saúde, quando a gripe sazonal nessa altura provocava anualmente mais de 500 mil mortes̪[20].