Paulo VI | |
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Santo da Igreja Católica | |
262º Papa da Igreja Católica | |
Imagem oficial de Paulo VI, 1969 | |
Atividade eclesiástica | |
Diocese | Diocese de Roma |
Eleição | 21 de junho de 1963 |
Entronização | 29 de junho de 1963 |
Fim do pontificado | 6 de agosto de 1978 (15 anos, 46 dias) |
Predecessor | João XXIII |
Sucessor | João Paulo I |
Ordenação e nomeação | |
Ordenação presbiteral | 29 de maio de 1920 Catedral de Brescia, Brescia por Giacinto Gaggia |
Ordenação episcopal | 12 de dezembro de 1954 Basílica de São Pedro por Eugène Cardeal Tisserant |
Nomeado arcebispo | 1 de novembro de 1954 |
Cardinalato | |
Criação | 15 de dezembro de 1958 por Papa João XXIII |
Ordem | Cardeal-presbítero |
Título | Santos Silvestre e Martinho nos Montes |
Brasão | |
Papado | |
Brasão | |
Lema | IN NOMINE DOMINI (Em nome do Senhor) |
Consistório | Consistórios de Paulo VI |
Santificação | |
Beatificação | 19 de outubro de 2014 Praça de São Pedro, Vaticano por Papa Francisco |
Canonização | 14 de outubro de 2018 Praça de São Pedro, Vaticano por Papa Francisco |
Veneração por | Igreja Católica |
Festa litúrgica | 29 de maio |
Padroeiro | Arquidiocese de Milão[1] Instituto Pontifício Paulo VI[2] Concílio Vaticano II [3] Diocese de Bréscia [4] |
Dados pessoais | |
Nascimento | Concesio, Itália 26 de setembro de 1897 |
Morte | Castelgandolfo, Itália 6 de agosto de 1978 (80 anos) |
Nacionalidade | italiano |
Nome de nascimento | Giovanni Battista Enrico Antonio Maria Montini |
Progenitores | Mãe: Giuditta Alghisi (1874 1943) Pai: Giorgio Montini (1860-1943) |
Funções exercidas | -Arcebispo de Milão (1954-1963) |
Assinatura | |
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Paulo VI (em latim: Paulus PP. VI; em italiano: Paolo VI), nascido Giovanni Battista Enrico Antonio Maria Montini (Concesio, 26 de setembro de 1897 – Castelgandolfo, 6 de agosto de 1978), foi o Sumo Pontífice da Igreja Católica Apostólica Romana e Soberano da Cidade do Vaticano de 21 de junho de 1963 até a data de sua morte. Sucedeu ao Papa João XXIII, que convocou o Concílio Vaticano II, e decidiu continuar os trabalhos do predecessor. Promoveu melhorias nas relações ecumênicas com os Ortodoxos, Anglicanos e Protestantes, o que resultou em diversos encontros e acordos históricos.
Montini serviu no Departamento de Estado do Vaticano de 1922 a 1954. Enquanto esteve no Departamento de Estado, Montini e Domenico Tardini foram considerados os colaboradores mais próximos e influentes do Papa Pio XII, que o nomeou, em 1954, arcebispo da Arquidiocese de Milão, um cargo que fez dele automaticamente Secretário da Conferência de Bispos Italianos. João XXIII elevou-o ao Colégio de Cardeais em 1958, e após a morte de João XXIII, Montini foi considerado um dos mais prováveis sucessores.[5]
Escolheu o nome Paulo, para indicar que tinha uma missão mundial renovada de propagar a mensagem de Cristo. Ele reabriu o Concílio Vaticano II, que fora automaticamente fechado com a morte de João XXIII e lhe atribuiu prioridade e direção. Após ser concluído o trabalho no Concílio, Paulo VI tomou conta da interpretação e implementação de seus mandatos, frequentemente andando sobre uma linha entre as expectativas conflitantes de vários grupos da Igreja Católica. A magnitude e a profundidade das reformas, que afetaram todas as áreas da vida da Igreja durante o seu pontificado, excederam políticas reformistas semelhantes de seus predecessores e sucessores.
Paulo VI foi um devoto mariano, discursando repetidamente a congressistas marianos e em reuniões mariológicas, visitando santuários marianos e publicando três encíclicas marianas. Paulo VI procurou diálogo com o mundo, com outros cristãos, religiosos e irreligiosos, sem excluir ninguém. Foi o primeiro Papa a viajar de avião, visitando os cinco continentes, além de ser o primeiro a visitar a Terra Santa, depois de Pedro.[6] Viu-se como um humilde servo de uma humanidade sofredora e exigiu mudanças significativas dos ricos na América e Europa em favor dos pobres do Terceiro Mundo.[7]
O seu ensinamento, na linha da tradição da Igreja, contrário à regulação da natalidade por métodos artificiais e a outras questões foram controversas na Europa Ocidental e na América do Norte.
Se, portanto, existem motivos sérios para distanciar os nascimentos, que derivem ou das condições físicas ou psicológicas dos cônjuges, ou de circunstâncias exteriores, a Igreja ensina que então é lícito ter em conta os ritmos naturais imanentes às funções geradoras, para usar do matrimônio só nos períodos infecundos e, deste modo, regular a natalidade, sem ofender os princípios morais que acabamos de recordar.
No entanto, o Pontífice foi elogiado em grande parte da Europa Oriental e Meridional, além da América Latina. Seu pontificado decorreu durante, certas vezes, mudanças revolucionárias no mundo, revoltas estudantis, a Guerra do Vietnã e outros transtornos. Paulo VI procurava entender todos os assuntos, mas ao mesmo tempo, defender o princípio do fidei depositum, uma vez que lhe foi confiado. Paulo VI morreu em 6 de agosto de 1978, na Festa da Transfiguração. O processo diocesano para a beatificação de Paulo VI iniciou em 11 de maio de 1993. Foi beatificado em 19 de outubro de 2014 e canonizado em 14 de outubro de 2018 pelo Papa Francisco.