Pastafarianismo | |
Fundador | Bobby Henderson |
Deidade | Monstro do Espaguete Voador |
Profeta | Capitão Mosey Monesvol |
Texto sagrado | Evangelho do Monstro do Espaguete Voador |
Pastafarianismo (ou Igreja do Monstro do Espaguete Voador), termo oriundo de uma amálgama das palavras "pasta" [termo italiano para massas, como o macarrão] e "rastafari" [movimento religioso jamaicano], é uma pseudorreligião[1][2][3][4] com origem satírica[5] fundada por Bobby Henderson em 2005. Sua fundação deu-se como um protesto contra decisões como a proferida pelo conselho educacional de uma escola na cidade de Dover,[6] Pensilvânia (EUA), de exigir dos professores de ciências o ensino do criacionismo, ou design inteligente, como alternativa à teoria da evolução biológica nas aulas de disciplinas científicas correlatas.
Em uma carta aberta enviada ao conselho de educação do Kansas [Open Letter To Kansas School Board[7]], Henderson diz acreditar em um Criador sobrenatural chamado Monstro do Espaguete Voador (Flying Spaghetti Monster), formado por espaguete e almôndegas, e pede que o Pastafarianismo seja igualmente ensinado nas aulas de ciências correlatas.
A finalidade desta carta é, primeiro, mostrar que todos os argumentos do conselho de educação para a inclusão criacionismo ou design inteligente nas escolas também servem para a inclusão do ensino do Pastafarianismo. Em segundo, procura mostrar que todos os argumentos do conselho de educação para a não inclusão do Pastafarianismo nas escolas também servem para a não inclusão do ensino do criacionismo ou design inteligente. Busca assim mostrar que ambos, o design inteligente e o Pastafarianismo, não devem ser apresentados em aulas de ciências.
Devido à sua popularidade e exposição midiática, o Monstro do Espaguete Voador é frequentemente citada por ateus, agnósticos, deístas e outros, como uma versão moderna do bule de chá de Russell.
Embora a presente religião tenha atrelada às suas origens notório teor satírico, é importante a percepção de que essa constitui uma religião plenamente válida, equiparável a qualquer outra, sendo e devendo ser reconhecida e tratada com tal. Nela encontram-se as mesmas características marcantes e determinantes de qualquer outra religião: um conjunto estruturado de crenças, ritos, tomo sagrado, milhares de seguidores ao redor do globo, e outros mais.[8] Nestes termos, não deve perante a lei - pelo menos em estados laicos - sofrer discriminação alguma, gozando no Brasil, em acordo com os preceitos constitucionais, inclusive da isenção de impostos relativos ao imposto predial associado aos seus locais de reuniões.
Se a natureza ou razão de ser das crenças de cada religião forem usadas para caracterizá-la ou descaracterizá-la como "válida" ou não, ter-se-á que pensar qualquer outra religião sob as mesmas regras (à luz da ciência?), e praticamente todas perderão tal status frente às leis vigentes, pois suas crenças são em tudo igualmente fundadas: em pura fé.