Pedro II do Brasil

 Nota: Para outros significados, veja Pedro II.
Pedro II
O Magnânimo
Pedro II do Brasil
Retrato por Mathew Brady, 1876.
Imperador do Brasil
Reinado 7 de abril de 1831
a 15 de novembro de 1889
Coroação 18 de julho de 1841
Antecessor(a) Pedro I
Sucessor(a) Monarquia abolida
Deodoro da Fonseca
como Presidente do Brasil
Regentes
Príncipe Imperial do Brasil
Período 2 de agosto de 1826
a 7 de abril de 1831
Predecessor(a) Maria da Glória
Sucessor(a) Januária
Nascimento 2 de dezembro de 1825
  Palácio de São Cristóvão, Rio de Janeiro, Império do Brasil
Morte 5 de dezembro de 1891 (66 anos)
  Hotel Bedford, Paris, França
Sepultado em 12 de dezembro de 1891, Panteão da Dinastia de Bragança, Igreja de São Vicente de Fora, Lisboa, Portugal
8 de janeiro de 1925,
Mausoléu Imperial, Catedral de S. Pedro de Alcântara, Petrópolis, Brasil
Nome completo  
Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga
Esposa Teresa Cristina das Duas Sicílias
Descendência Afonso, Príncipe Imperial
Isabel, Princesa Imperial
Leopoldina do Brasil
Pedro, Príncipe Imperial
Casa Bragança
Pai Pedro I do Brasil
Mãe Maria Leopoldina da Áustria
Religião Catolicismo
Assinatura Assinatura de Pedro II
Brasão

Pedro II (nome completo: Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga; Rio de Janeiro, 2 de dezembro de 1825Paris, 5 de dezembro de 1891), cognominado "o Magnânimo",[1][2] foi o segundo e último monarca do Império do Brasil, tendo imperado no país durante um período de 58 anos. Foi filho mais novo do imperador Pedro I do Brasil e da imperatriz consorte Maria Leopoldina da Áustria e, portanto, membro do ramo brasileiro da Casa de Bragança. Nascido no Palácio Imperial de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. A abrupta abdicação do pai e sua partida para Portugal, tornaram Pedro imperador com apenas cinco anos. Obrigado a passar a maior parte do seu tempo estudando em preparação para reinar, conheceu poucos momentos de alegria e amigos de sua idade. Suas experiências com intrigas palacianas e disputas políticas durante este período tiveram grande impacto na formação de seu caráter. O imperador Pedro II tornou-se um homem com forte senso de dever e devoção ao seu país e seu povo. Por outro lado, ressentiu-se cada vez mais de seu papel como monarca.

Teve a maioridade decretada para assumir o governo e evitar a desintegração do Império, tendo deixado ao sucessor republicano um país caracterizado como potência emergente na arena internacional. A nação distinguiu-se de seus vizinhos hispano-americanos devido à sua estabilidade política e especialmente por sua forma de governo: uma funcional monarquia parlamentar constitucional. O Brasil também foi vitorioso em três conflitos internacionais (a Guerra do Prata, a Guerra do Uruguai e a Guerra do Paraguai) sob seu império, assim como prevaleceu em outras disputas internacionais e tensões domésticas. Um erudito, o imperador estabeleceu uma reputação como um vigoroso patrocinador do conhecimento, da cultura e das ciências. Ele ganhou o respeito e admiração de estudiosos como Graham Bell, Charles Darwin, Victor Hugo e Friedrich Nietzsche, e foi amigo de Richard Wagner, Louis Pasteur e Henry Wadsworth Longfellow, dentre outros.

Pedro II não permitiu nenhuma medida contra sua remoção e não apoiou qualquer tentativa de restauração da monarquia por meio de uma guerra. O imperador deposto passou os seus últimos dois anos de vida no exílio na Europa, vivendo só. Algumas décadas após sua morte, sua reputação foi restaurada e seus restos mortais foram trazidos de volta ao Brasil em meio a amplas celebrações.

  1. Bueno 2003, p. 196.
  2. Barman 1999, p. 85.

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