Pericardite | |
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Electrocardiograma de pericardite. Note-se a elevação do segmento ST em vários pontos com depressão do segmento ST ligeiramente recíproca. | |
Especialidade | Cardiologia |
Sintomas | Dor no peito aguda, que melhora ao levantar e piora ao deitar, febre[1] |
Complicações | Tamponamento cardíaco, miocardite, pericardite constritiva[1][2] |
Início habitual | Geralmente súbito[1] |
Duração | De alguns dias a semanas[3] |
Causas | Viroses, tuberculose, pericardite urémica, sequela de um enfarte do miocárdio, cancro, doenças autoimunes, trauma torácico[4][5] |
Método de diagnóstico | Baseado nos sintomas, electrocardiograma, líquido em volta do coração[6] |
Condições semelhantes | Enfarte do miocárdio[1] |
Tratamento | Anti-inflamatórios não esteroides, colchicina, corticosteroides[6] |
Frequência | 3 em cada 10 000 por ano[2] |
Classificação e recursos externos | |
CID-11 | 1296696944 |
DiseasesDB | 9820 |
MedlinePlus | 000182 |
eMedicine | 156951 |
MeSH | D010493 |
Leia o aviso médico |
Pericardite é a inflamação do pericárdio, o invólucro de tecido fibroso que envolve o coração.[7] O sintoma mais comum é dor no peito intensa de aparecimento súbito.[1] A dor pode também ser sentida nos ombros, pescoço ou costas.[1] A dor geralmente é menos forte quando se permanece em pé e mais intensa quando se está deitado ou ao respirar profundamente.[1] Entre outros possíveis sintomas estão febre, fraqueza, palpitações e falta de ar.[1] Em alguns casos os sintomas manifestam-se de forma gradual.[7]
Acredita-se que a causa mais comum de pericardite sejam infeções virais.[4] Entre outras possíveis causas estão infeções bacterianas como a tuberculose, pericardite urémica, sequelas de um enfarte do miocárdio, cancro, doenças autoimunes e trauma torácico.[4][5] Em muitos casos desconhecem-se as causas exatas.[4][7] O diagnóstico baseia-se na presença de dor no peito, na auscultação de atrito pericárdico, em determinadas alterações do electrocardiograma e na presença de líquido em volta do coração.[6] Entre outras condições que produzem sintomas semelhantes está o enfarte do miocárdio.[1]
Na maior parte dos casos, o tratamento consiste na administração de anti-inflamatórios não esteroides e possivelmente colchicina.[6] Nos casos em que não são apropriados podem ser administrados corticosteroides.[6] Geralmente os sintomas melhoram ao fim de alguns dias ou semanas, embora em alguns casos possam demorar meses a passar.[3] Entre as possíveis complicações estão o tamponamento cardíaco, miocardite e pericardite constritiva.[1][2]
A pericardite é uma causa relativamente pouco comum de dor no peito.[8] Em cada ano, a doença afeta cerca de 3 em cada 10 000 pessoas.[2] A doença é mais comum entre homens entre os 20 e os 50 anos de idade.[9] Cerca de 30% das pessoas afetadas manifesta mais de um episódio.[9]