Permiano

Período Permiano
298.9–252.17 milhões de anos
Teor médio de o2 atmosférico durante o período ca. 23 Vol %[1]
(115 % do nível atual)
Teor médio do CO2 atmosférico durante o período ca. 900 ppm[2]
(3 vezes o nível pré-industrial)
Temperatura média da superfície durante o período ca. 16 °C[3]
(2 °C acima do nível atual)
Nível do mar (acima dos dias de hoje) Relativamente constante a 60 m no Permiano inicial; diminuindo fortemente durante o Permiano médio até a uns constantes 20 m no Permiano tardio.[4]
Período Permiano[5]
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Eventos-chave do período Permiano.
Escala do eixo: milhões de anos antes do presente.

O Permiano ou Pérmico é um período geológico que se estende de 298,9 ± 0,15 a 252,17 ± 0,06 milhões de anos.[7] É o último período da era Paleozoica, após o período Carbonífero e antes do período Triássico do Mesozoico. O termo foi introduzido pela primeira vez em 1841 pelo geólogo Roderick Murchison, em homenagem a Krai de Perm, na Rússia, onde estratos do período foram originalmente encontrados.

O Permiano testemunhou a diversificação dos amniotas iniciais até os grupos ancestrais dos mamíferos, tartarugas, lepidossauros e arcossauros. O planeta, na época, possuía um único supercontinente conhecido como Pangea, cercado por um oceano global chamado Pantalassa. As florestas extensas do Carbonífero haviam desaparecido, deixando para trás vastas regiões de deserto árido no interior continental. Répteis, que podiam lidar melhor com condições mais secas, predominaram no lugar de seus ancestrais, os anfíbios. O período Permiano (e a era Paleozoica) terminou com a maior extinção em massa na história do planeta Terra, em que cerca de 90% das espécies marinhas e 70% das espécies terrestres desapareceram.[8]

No Brasil, a formação Irati pertence a este período. No Sudoeste do Rio Grande do Sul há uma área com fósseis do Permiano que datam a 270 milhões de anos. Merecendo destaque para o chamado Mesosaurus brasiliensis, um pequeno réptil aquático encontrado pelo geólogo estadunidense Israel Charles White, na cidade de Irati, no Paraná, em 1908, e cuja similaridade com a espécie sul-africana do fóssil ajudou nos argumentos da teoria da deriva continental do cientista alemão Alfred Wegener. Encontrava-se apenas num período de transgessão marinha.

  1. Imagem:Sauerstoffgehalt-1000mj.svg
  2. Imagem:Phanerozoic Carbon Dioxide.png
  3. Imagem:All palaeotemps.png
  4. Haq, B. U.; Schutter, SR (2008). «A Chronology of Paleozoic Sea-Level Changes». Science. 322 (5898): 64–68. Bibcode:2008Sci...322...64H. PMID 18832639. doi:10.1126/science.1161648 
  5. International Comission on Stratigraphy (Agosto de 2012). «International Chronostratigraphic Chart» (PDF). www.stratigraphy.org. Consultado em 27 de maio de 2013 
  6. SHEN, S.-Z.; CROWLEY, J.L.; WANG, Y.; BOWRING, S.A.; ERWIN, D.H.; SADLER, P.M.; CAO, C.-q.; ROTHMAN, D.H.; HENDERSON, C.M.; RAMEZANI, J.; ZHANG, H.; SHEN, Y.; WANG, W.-D.; WANG, W.; MU, L.; LI, W.-Z.; TANG, Y.-G.; LIU, X.-L.; LIU, L.-J.; ZENG, Y.; JIANG, Y.-F.; JIN, Y.-G. (2011). «Calibrating the End-Permian Mass Extinction». Science. 134 (6061): 1367-1372. doi:10.1126/science.1213454 
  7. ICS, 2004
  8. [1]

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