Pinguim

Pinguim
Ocorrência: 62–0 Ma
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
(sem classif.) Austrodyptornithes
Ordem: Sphenisciformes
Família: Spheniscidae
Distribuição geográfica

Géneros
Aptenodytes
Eudyptes
Eudyptula
Megadyptes

Pygoscelis
Spheniscus

 Nota: Para outros significados, veja Pinguim (desambiguação).

O pinguim (RO 1971: pingüim) é uma ave da família Spheniscidae, altamente modificadas para a uma vida aquática, sendo suas asas adaptadas para promover impulso através da água.[1] Essas aves estão amplamente distribuídas pelas águas mais frias do hemisfério sul,[2] especialmente na Antártida e ilhas dos mares austrais, chegado à Terra do Fogo, Ilhas Malvinas e África do Sul, entre outros. Apesar da maior diversidade de pinguins encontrar-se na Antártida e regiões polares, há também espécies que habitam nos trópicos como por exemplo o pinguim-das-galápagos (Spheniscus mendiculus), nas Ilhas Galápagos. Considerando o número de indivíduos, a maioria ocorre nas proximidades da Antártida, porém apenas as espécies Pygoscelis adeliae e Aptenodytes forsteri estão restritas a essa região, de forma que a maioria das 18 espécies está distribuída entre 45ºS e 60°S, com grande diversidade ocorrendo na Nova Zelândia e em ilhas ao redor.[3]

A sua morfologia, em geral, pouco varia, com forma e estrutura corporal muito semelhante, adaptadas para nadar e mergulhar. Seus corpos são aerodinâmicos e suas asas são modificadas para formar nadadeiras rígidas e planas, que promovem uma boa propulsão no nado.[4] Variam, entretanto em tamanho, desde Eudyptula minor com 40 cm e 1,1 kg, até Aptenodytes forsteri com 115 cm e mais de 30kg.[4] Além disso, as suas plumagens são semelhantes, caracterizadas por partes pretas e brancas, exceto em relação à cor e ao padrão de plumagem da cabeça, que confere uma das principais diferenças entre as espécies. Algumas espécies têm cristas e plumas variadas no topo da cabeça (Eudyptes), outras possuem manchas auriculares (Aptenodytes), enquanto algumas possuem um padrão de faixas pretas e brancas (Spheniscus).[4] Os adultos se alimentam no mar, capturando zooplâncton, peixes pequenos e lulas, enquanto os filhotes são alimentados diretamente por regurgitação.[1] Por sua vez, são vítimas da predação de orcas e focas-leopardo.

Em relação à conservação, os pinguins possuem uma situação delicada devido à ações humanas, especialmente em relação à mudança climática e à perda de habitat. De modo geral, espécies estão cada vez mais ameaçadas e a preocupação quanto ao ecossistema ao qual eles pertencem têm aumentado.[3]

O nome "pinguim" vem de uma outra ave, que habitava as regiões do Ártico e que foi extinta pela ação do homem, o arau-gigante (Pinguinus impennis). Quando os exploradores europeus descobriram no hemisfério Sul as aves conhecidas hoje como pinguins, eles notaram a aparência muito similar ao arau-gigante, ou mesmo se confundindo com os araus, e as batizaram com esse nome, que persiste até a atualidade. Apesar de parecidos, araus e pinguins não têm nenhum parentesco próximo. O termo "Pinguim" é originário do galês "pen gwyn", o antigo nome popular dos araus-gigantes nas ilhas Britânicas.

Os primeiros pinguins apareceram no registo geológico do Eocénico. Os pinguins constituem a família Spheniscidae e a ordem Sphenisciformes (de acordo com a taxonomia de Sibley-Ahlquist, fariam parte da ordem Ciconiformes). É uma ave marinha e nadadora, chegando a nadar com uma velocidade de até 45 km/h, passando a maior parte do tempo na água.

  1. a b Young, Euan (17 de fevereiro de 1994). Skua and Penguin. [S.l.]: Cambridge University Press 
  2. Williams, Tony D. (1995). The penguins : Spheniscidae. [S.l.]: Oxford University Press. OCLC 681087273 
  3. a b Williams, Tony D. (1995). The penguins : Spheniscidae. [S.l.]: Oxford University Press. OCLC 681087273 
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