Placa Sul-Americana

A Placa Sul-Americana é uma placa tectônica que abriga o continente da América do Sul e a parte oeste do Oceano Atlântico Sul, se estendendo aproximadamente da Dorsal Meso-Atlântica até a Cordilheira dos Andes no sentido longitudinal e das Ilhas Malvinas à costa venezuelana no sentido latitudinal. É a menor das 7 maiores placas, com cerca de 43,6 milhões de quilômetros quadrados[1], se for considerado que as placas Indiana e Australiana são uma única placa, a Placa Indo-Australiana. A placa divide-se em dois tipos diferentes de Crosta: oceânica e continental, sendo a parte oceânica rasa (cerca de 15 quilômetros) e formada pela Dorsal Meso-Atlântica num limite divergente de placas, contendo algumas das rochas mais jovens do planeta[2]; e a parte continental, em sua maior parte acima sob superfície, com espessuras que chegam a 200 quilômetros nas áreas cratônicas (algumas das regiões mais antigas da litosfera terrestre) e contendo em sua parte oeste a maior cordilheira do planeta, os Andes.

Placa Sul-Americana

Os limites da Placa Sul-Americana são heterogêneos e possuem taxas de construção e consumo variáveis[3]. São gerados cerca de 35 milímetros por ano de Crosta no limite divergente e construtivo da Dorsal Meso-Atlântica, o que significa que África e América do Sul se afastam 70 milímetros por ano. A Placa de Nazca subducta cerca de 79 milímetros por ano para debaixo da Placa Sul-Americana, gerando a Cordilheira dos Andes[4] como resultado, que ainda recebe influência da zona de subducção da Placa Antártica à sudoeste, com taxas de 20 milímetros por ano, e do limite transformante na costa venezuelana à norte com a Placa Caribenha. A interação Placa Sul-Americana e Caribenha é pode ser dada por limites transformantes nos limites longitudinais e destrutivos no limites latitudinais, com a Placa Sul-Americana sendo consumida a uma taxa de 18 milímetros por ano numa interação placa oceânica-oceânica. Ao sul a interação das placas Antártica e Sul-Americana é em maior parte dada por falhas transformantes, assim como boa parte com os limites da Placa de Scotia, que subducta sobre a Placa Sul-Americana na região das Ilhas Malvinas[5]; a Placa Sul-Americana subducta em todo seu contato, disposto de maneira norte-sul, com a microplaca de Sandwich, a uma taxa média de 78 milímetros por ano.

A Placa Sul-Americana possui duas microplacas interiores, a Placa Norte dos Andes, na parte noroeste do continente e que é responsável pela parte norte da Cadeia Andina e a Placa do Altiplano, na parte oeste englobando o sul peruano e o norte chileno. A região interna do continente, com crátons e faixas móveis, permitem um melhor entendimento de como as diferentes porções crustais se juntaram e deram origem à América do Sul.

  1. «South American Plate: Tectonic Boundary and Movement». Earth How (em inglês). 18 de março de 2018. Consultado em 3 de setembro de 2021 
  2. «Google Earth». earth.google.com. Consultado em 3 de setembro de 2021 
  3. Tectonics Observatory, California Institute of Technology, Seismological Laboratory (Abril de 2009). «SEAFLOOR AGE» (PDF). http://www.tectonics.caltech.edu/. Consultado em 2 de setembro de 2021 
  4. «The Geological Society». www.geolsoc.org.uk. Consultado em 3 de setembro de 2021 
  5. «Scotia Plate». antarctic-plate-tectonics.weebly.com. Consultado em 3 de setembro de 2021 

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