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O Reino de Jafanapatão (em tâmil: யாழ்ப்பாண அரசு; em inglês: Jaffna kingdom) (1215–1619), também conhecido por Reino de Aryacakravarti, foi uma monarquia histórica do Sri Lanca, centrada na cidade de Jafanapatão, na península homónima no norte da ilha. O reino foi fundado após a invasão da região por Calinga Maga, o qual era oriundo de Calinga, na Índia. Tendo inicialmente estabelecido um novo centro de poder a norte, noroeste e ocidente da ilha, em 1258 o reino tornou-se um feudo tributário do Império Pândia, situado na atual Índia do Sul. O reino obteve a independência em 1323, no contexto do declínio do domínio de Pândia, após a derrota e expulsão do último governador por Malik Kafur, general do exército do Sultanato de Déli. Durante um breve período de tempo na primeira metade do século XIV, o reino tornou-se a entidade política dominante na ilha quando todos os restantes reinos da região aceitaram ser seus subordinados. No entanto, em 1450 Jafanapatão passou a ser dominado pelo rival reino de Cota, na sequência de uma invasão por um exército tâmil liderado por Chempaha Perumal sob as ordens de Cota.

O reino libertou-se do domínio Cota em 1467. Os monarcas posteriores concentraram esforços na consolidação do potencial económico da região, através da exportação de pérolas e elefantes e do rendimento das terras. Durante esta época de estabilidade foram produzidas diversas das mais importantes obras de literatura em língua tâmil da região e construídos diversos templos hindus, entre os quais uma academia de letras.




Os tamils reivindicam o Estado reconhecido de facto do Tamil Eelam, na ilha de Sri Lanka. (Sua área real de controle atualmente não se estende por todo o território que eles reivindicam.)

A guerra civil do Sri Lanka é o nome dado para o conflito que se instalou na nação e ilha de Sri Lanka por 26 anos, entre 1983 e 2009. Desde 23 de julho de 1983, começa uma guerra civil não-contínua, envolvendo principalmente o governo do Sri Lanka e os "Tigres da Libertação do Tamil Eelam" (TLLE), estes últimos conhecidos como "Tigres do Tâmil", uma organização armada separatista que lutava pela criação de um estado independente, que seria chamado de Tamil Eelam, que está localizado ao norte e ao leste da ilha do Sri Lanka.

Mais de 70.000 pessoas morreram oficialmente na guerra desde 1983, segundo dados oficiais, sendo um dos conflitos que provocou mais mortes, a guerra causou grandes adversidades à população, ao meio ambiente e à economia do país.

As táticas usadas pelos Tigres do Tâmil resultaram no banimento da organização e na sua classificação como organização terrorista nos Estados Unidos, no Brasil, na Austrália, nas nações da União Europeia e no Canadá.

Após duas décadas de luta e três tentativas frustradas de negociações de paz, incluindo a intervenção do Exército Indiano através de uma força pela manutenção da paz, sem sucesso, entre 1987 e 1990, uma longa negociação sobre a solução do conflito começou a parecer possível quando um cessar-fogo foi declarado em dezembro de 2001, e quando um acordo de cessar-fogo foi assinado com mediação internacional em 2002. Porém, as hostilidades recomeçaram no final de 2005, e o conflito começou a escalar até que o governo do Sri Lanka lançou várias ofensivas militares contra o LTTE, que começou em julho de 2006, terminando em maio de 2009.




A conquista portuguesa do Reino de Jafanapatão ocorreu após a chegada dos comerciantes portugueses em 1505 ao rival Reino de Cota, no sudoeste do atual Sri Lanca. Muitos dos reis de Jafanapatão, como Cankili I, começaram por entrar em confronto com os portugueses em reação às diversas tentativas de conversão dos locais ao catolicismo, embora posteriormente tivesse sido estabelecida a paz.

Por volta de 1591, os portugueses instalaram no trono o rei Ethirimanna Cinkam. Apesar de se tratar de um cliente, o rei ofereceu resistência à atividade missionária e auxiliou o Reino de Candia na tentativa de obter apoio militar da Índia do Sul. O usurpador Cankili II ofereceu resistência à suserania portuguesa, tendo sido deposto e enforcado por Filipe de Oliveira em 1619. O reino passou a ser governado pelos portugueses, período em que grande parte da população se converteu ao cristianismo. A carga excessiva de impostos levaria a que grande parte dos residentes abandonasse as principais regiões do antigo império, o que provocou a diminuição da população. O reino permaneceu em posse portuguesa até à conquista pelos holandeses em 1658.



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