O Porto de Lisboa é tradicionalmente o primeiro porto comercial português, pelas suas condições naturais ímpares e pela sua história que se confunde com a do País e da cidade em inúmeros aspectos. Foi já o principal e mais avançado centro mundial de construção naval, actividade que procurou retomar durante o século XX, com a construção dos estaleiros da Margueira, encerrados desde 2000 e agora vocacionados para iniciativas imobiliarias. Com as obras lançadas no último quartel do século XIX acalentou-se o sonho de tornar Lisboa um cais da Europa, o que nunca foi conseguido por razões conjunturais diversas. Nos últimos anos, a pressão urbanística e a falta de espírito marítimo têm resultado numa diminuição relativa de movimentos portuários, com a redução significativa de graneis líquidos, por exemplo. Tem-se desenvolvido a vertente de turismo, com os cruzeiros e as actividades marítimo-turísticas, tendo sido desafectadas áreas de operação comercial importantes, nomeadamente em Santos e Cabo Ruivo / Matinha.
O porto de Lisboa está localizado no encontro das águas do rio Tejo e do Oceano Atlântico, configurando-se num porto natural no estuário do Tejo, totalizando uma bacia líquida de 32 mil hectares, o que lhe possibilita receber navios de qualquer porte, tendo o principal canal de acesso ao porto uma profundidade de -15,5m ZH, mas também oferece condições a modalidades desportivas. A costa portuguesa, devido ao seu posicionamento, está no cruzamento das principais rotas do comércio internacional e na frente atlântica da Europa. Devido a este posicionamento estratégico, tem estatuto nas cadeias logísticas de comércio internacional e nos circuitos dos cruzeiros.
O porto é dotado de cais em ambas as margem do Tejo. Os terminais de cruzeiros situam-se relativamente próximos da zona central de Lisboa.