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O positivismo é uma escola filosófica que sustenta que todo conhecimento genuíno é verdadeiro por definição ou positivo – ou seja, fatos a posteriori derivados pela razão e pela lógica à partir da experiência sensorial. Outras formas de conhecimento, como intuição, introspecção ou fé religiosa, são rejeitadas ou consideradas sem sentido.[1]
O positivismo defende a ideia de que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro. De acordo com os positivistas, somente se pode afirmar que uma teoria é correta se ela foi comprovada através de métodos científicos válidos. Os positivistas não consideram os conhecimentos adquiridos por meio de crenças religiosas, superstição ou qualquer outro, do campo espiritual, intuitivo ou transcendente, que não possa ser comprovado cientificamente. Para eles, o progresso da humanidade depende exclusivamente dos avanços científicos. Assim, o positivismo desenvolvido na segunda fase da carreira de Comte, associa uma interpretação das ciências e uma classificação do conhecimento a uma ética apenas humana radical.
O positivismo é uma corrente filosófica que surgiu em França no começo do século XIX. Os principais idealizadores do positivismo foram os pensadores Auguste Comte e John Stuart Mill. Esta escola filosófica ganhou força na Europa na segunda metade do século XIX e começo do XX. É um conceito que possui distintos significados, englobando tanto perspectivas filosóficas e científicas do século XIX quanto outras do século XX.[2]
Desde o seu início, com Auguste Comte (1798-1857) na primeira metade do século XIX, até o presente século XXI, o sentido da palavra mudou radicalmente, incorporando diferentes significados, muitos deles opostos ou contraditórios entre si. Desse modo, há correntes de outras disciplinas que se consideram "positivistas" sem guardar nenhuma relação com a obra de Comte. Exemplos paradigmáticos disso são o positivismo jurídico, do austríaco Hans Kelsen, e o positivismo lógico (ou Círculo de Viena), de Rudolf Carnap, Otto Neurath e seus associados.[3]
Para Comte, o positivismo é uma doutrina filosófica, sociológica e política. Surgiu como desenvolvimento sociológico do iluminismo, das crises social e moral do fim da Idade Média e do nascimento da sociedade industrial, processos que tiveram como grande marco a Revolução Francesa (1789-1799). Em linhas gerais, ele propõe à existência humana valores completamente humanos, afastando radicalmente a teologia e a metafísica (embora incorporando-as em uma filosofia da história).
Embora a abordagem positivista tenha sido um tema recorrente na história do pensamento ocidental, o positivismo moderno foi articulado pela primeira vez no início do século XIX por Auguste Comte. Sua escola de positivismo sociológico sustenta que a sociedade, como o mundo físico, opera de acordo com leis gerais. Depois de Comte, surgiram escolas positivistas em lógica, psicologia, economia, historiografia e outros campos do pensamento. Geralmente, os positivistas tentaram introduzir métodos científicos em seus respectivos campos. Desde a virada do século 20, o positivismo, embora ainda popular, diminuiu sob críticas em partes das ciências sociais de antipositivistas e teóricos críticos, entre outros, por seu alegado cientificismo, reducionismo, generalizações excessivas e limitações metodológicas. [4] [5]