Presidente do Brasil | |
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Brasão de armas do Brasil | |
A bandeira presidencial, símbolo oficial do Presidente e de sua presença nos palácios do Planalto, da Alvorada e outros prédios públicos. | |
Governo Federal do Brasil | |
Estilo |
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Tipo | |
Membro de | |
Residência | Palácio da Alvorada |
Lugar | Palácio do Planalto |
Duração | 4 anos (com limite de dois mandatos consecutivos) |
Instrumento constituinte | Constituição do Brasil |
Criado em | 15 de novembro de 1889 |
Primeiro titular | Deodoro da Fonseca |
Sucessão | através de sufrágio universal direto (Linha de sucessão presidencial do Brasil) |
Vice | Geraldo Alckmin |
Salário | R$ 371 216 anuais[1] |
Website | www |
Presidente da República é o chefe de Estado e de governo da República Federativa do Brasil. O regime constitucional brasileiro optou pelo presidencialismo. O presidente da República escolhe livremente seus auxiliares diretos, os ministros de Estado, sem interferência do parlamento, que no caso brasileiro, é o Congresso Nacional. De acordo com a revista estadunidense Newsweek, o ocupante do cargo é considerado a pessoa mais poderosa da América Latina, devido à posição de potência regional do Brasil.[2] O mandato do presidente da República do Brasil é de quatro anos com direito a uma disputa pela reeleição consecutiva.[3]
O Brasil é uma república federativa presidencialista desde 15 de novembro de 1889,[4] quando um golpe militar comandado pelo marechal Deodoro da Fonseca pôs fim ao Império do Brasil, e, portanto, à monarquia constitucional parlamentarista vigente, depondo o então imperador Dom Pedro II e proclamando a atual forma de governo. O presidencialismo foi introduzido pela primeira constituição republicana, a de 24 de fevereiro de 1891,[5] que tomou como modelo a Constituição dos Estados Unidos de 1787.[6] O parlamentarismo republicano chegou a ser instituído no Brasil, pela emenda número 4 à constituição de 1946, de 2 de setembro de 1961. Tratava-se de um expediente para superar grave crise política e permitir a posse do vice-presidente, João Goulart, que era acusado de ligação com comunistas.
A curta experiência parlamentarista, no entanto, não resolveu os graves problemas políticos, econômicos e sociais pelos quais passava o Brasil. Assim, o sistema presidencial de governo acabou sendo restabelecido com a Emenda Constitucional 6, promulgada em 24 de janeiro de 1963, resultado de uma consulta plebiscitária precedente, em 6 de janeiro. Com a promulgação da Constituição de 1988, através do seu artigo segundo do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, nova consulta popular foi convocada na forma de um plebiscito sobre a forma e o sistema de governo, inicialmente marcada para o dia 7 de setembro de 1993 e posteriormente alterada para 21 de abril de 1993 pela emenda constitucional número 2 de 1992. Como forma de governo, o eleitor poderia escolher entre a república ou a monarquia que deveria vigorar no país, e como sistema de governo, o eleitor poderia optar pelo presidencialismo ou pelo parlamentarismo. A antecipação da data fez com que a consulta coincidisse com o feriado em que se comemora o republicano Tiradentes, considerado o mártir da Independência do Brasil. Como resultado da consulta, expressiva maioria da população escolheu a manutenção da vigente república presidencialista.[7]
A atual Constituição de 1988 havia fixado inicialmente mandato de cinco anos sem reeleição. As anteriores constituições do Brasil (1891, 1934, 1937, 1946 e 1967) fixaram mandatos de quatro, cinco e seis anos. Eurico Gaspar Dutra, Juscelino Kubitschek, Ernesto Geisel e José Sarney foram os presidentes que exerceram mandatos de cinco anos. O único presidente a exercer o mandato de seis anos foi João Figueiredo, por força da Emenda constitucional n.º 8 de 1977, artigo 75, parágrafo 3º.[8] Castelo Branco, eleito para finalizar o mandato de João Goulart, que se encerraria a 31 de janeiro de 1966, teve a duração estendida para 15 de março de 1967 tendo, portanto, governado por 2 anos e 11 meses. Médici, eleito para suceder o adoecido Costa e Silva, cujo mandato deveria terminar a 15 de março de 1971, governou por 4 anos, 4 meses e 13 dias. Tanto Castelo Branco como Médici tiveram mandatos com duração "quebrada" devido à excepcionalidade de suas eleições, todas ocorridas dentro do contexto da ditadura militar instituída em 1964. Já Epitácio Pessoa governou por 3 anos, 3 meses e 18 dias porque seu pleito foi extemporâneo, completando o quadriênio que era para ser cumprido integralmente por Rodrigues Alves. Fernando Collor sofreu um processo de impeachment e renunciou ao cargo. Caso tivesse terminado o mandato, teria governado por 4 anos, 9 meses e 17 dias pois, apesar da Constituição de 88 inicialmente considerar a posse a 1.º de janeiro, o Art. 4º das suas Disposições Transitórias determinou que o mandato presidencial vigente (de José Sarney, iniciado a 15 de março de 1985), deveria terminar a 15 de março de 1990.