Primavera de Praga

Placa do Memorial em Košice, atual Eslováquia.

A Primavera de Praga foi um período de liberalização política na Tchecoslováquia durante a época de sua dominação pela União Soviética após a Segunda Guerra Mundial. Esse período começou em 5 de Janeiro de 1968, quando o reformista eslovaco Alexander Dubček chegou ao poder, e durou até o dia 21 de Agosto quando a União Soviética e os membros do Pacto de Varsóvia invadiram o país para interromper as reformas.[1]

As reformas da Primavera de Praga foram uma tentativa de Dubček, aliado a intelectuais tchecoslovacos, de conceder direitos adicionais aos cidadãos num ato de descentralização parcial da economia e de democratização. As reformas concediam também um relaxamento das restrições às liberdades de imprensa, de expressão e de movimento e ficaram conhecidas como a tentativa de se criar uma “social-democracia[2] (ou, segundo outros, "um socialismo de rosto humano[3][4]).

Dubček também dividiu o país em duas repúblicas separadas; essa foi a única reforma que sobreviveu ao fim da Primavera de Praga.

As reformas não foram bem recebidas pelos soviéticos que, após as falhas nas negociações, enviaram milhares de tropas e tanques do Pacto de Varsóvia para ocupar o país.[4] Uma grande onda de emigração varreu o país. Apesar de ter havido inúmeros protestos pacíficos no país, inclusive o suicídio de um estudante, não houve resistência militar. A Tchecoslováquia continuou ocupada até 1990.[1]

Após a invasão, a Tchecoslováquia entrou em um período de normalização: Os lideres seguintes tentaram restaurar os valores políticos e econômicos que prevaleciam antes de Dubček ganhar poder no Partido Comunista da Tchecoslováquia (KSČ, em tcheco). Gustáv Husák, que substituiu Dubček e também tornou-se presidente, retirou quase todas as reformas de Dubček. A Primavera de Praga imortalizou-se na música e na literatura pelas obras de Karel Kryl e de Milan Kundera, como A Insustentável Leveza do Ser.

  1. a b Fernanda Barbosa (30 de abril de 2008). «Primavera de Praga foi movimento para "humanizar" o comunismo». UOL. Folha de S.Paulo. Consultado em 20 de agosto de 2012 
  2. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Praga
  3. «Primavera de Praga/40 anos: Quando os tanques soviéticos esmagaram o "socialismo com rosto humano" Ler mais: expresso.sapo.pt/primavera-de-praga40-anos-quando-os-tanques-sovieticos-esmagaram-o-socialismo-com-rosto-humano=f285453#ixzz2qkFd3sa0». Expresso. 5 de abril de 2008. Consultado em 18 de janeiro de 2014 
  4. a b Oleg Kalugin (1994). SpyMaster - My 32 years in Intelligence and Espionage against the West (em inglês). Great Britain: Butler and Tanner Ltd. pp. 105 e 106. ISBN 1 85685 071 4 

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