Reconquista | |||
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A rendição de Granada por Francisco Pradilla Ortiz | |||
Data | 718 – 1492 | ||
Local | Península Ibérica | ||
Desfecho |
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Beligerantes | |||
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A Reconquista[nota 1] é um dos termos pelo qual é conhecido o processo histórico de um período de quase oitocentos anos ao longo do qual os reinos cristãos da Península Ibérica procuraram a conquista progressiva dos reinos mouros muçulmanos durante o período de al-Andalus[3][4] (tal como os muçulmanos chamavam à parte da Península Ibérica dominada por eles[5]). Tal processo decorreu entre 718 ou 722 (data provável da Batalha de Covadonga, liderada por Pelágio das Astúrias) e 1492, com a conquista do Emirado de Granada pelos reinos cristãos. O controlo progressivo da península possibilitou a fundação de novos reinos cristãos, como o Reino de Portugal e o Reino de Castela, precursores de Portugal e de Espanha.[6]
Houve resistência em várias partes da Península Ibérica, e os muçulmanos não conseguiram ocupar o norte da península, onde resistiam muitos refugiados cristãos; aí surgiria Pelágio, que se pôs à frente dos refugiados, iniciando imediatamente um movimento para reconquistar o território perdido.[7] Houve avanços e retrocessos. Portugal quase terminou sua Reconquista em 1187, mas o sul foi invadido pelo Califado Almóada do Norte da África. As constantes invasões islâmicas e a desunião ibérica, entre outros fatores, favoreciam bastante os muçulmanos.
Os reinos ibéricos eram monarquias feudais eficientes para combater as razias muçulmanas. Todavia, o processo de Reconquista era dificultado pela desunião dinástica e pelas guerras feudais. A ocupação das terras conquistadas fazia-se com um cerimonial: cum cornu et albende de rege, isto é, com o toque das trombetas e o estandarte desfraldado.[8]
A ideia de guerra santa, pela cruz cristã, só veio a surgir na época das Cruzadas (1096), e, já em 1085, os reinos cristãos haviam reconquistado mais da metade da Península Ibérica. A reconquista de todo o território peninsular durou cerca de cinco séculos, só ficando concluída em 1492, com a tomada do reino muçulmano de Granada pelos reis Católicos.[7]
Em Portugal, a reconquista terminou antes, com a conquista definitiva da cidade de Faro, pelas forças de D. Afonso III, em 1249. Na época, a população se concentrava no centro-norte até ao sul de Évora e Santiago do Cacém, enquanto o extremo sul do país encontrava-se completamente despovoado. O Algarve só seria repovoado na segunda metade do século XIII.
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