Roupa Nova | |
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Roupa Nova em 2008, da esquerda para a direita: Serginho Herval, Nando, Cleberson Horsth, Paulinho, Ricardo Feghali e Kiko | |
Informações gerais | |
Origem | Rio de Janeiro |
País | Brasil |
Gênero(s) | Pop rock, soft rock, MPB, rock progressivo, power ballad, album-oriented rock, rockabilly, hard rock. |
Período em atividade | 1980 - presente |
Gravadora(s) | Philips, RCA, Continental, Universal, Sony, Roupa Nova Music |
Integrantes | Serginho Herval Kiko Nando Ricardo Feghali Cleberson Horsth Fábio Nestares |
Ex-integrantes | Paulinho |
Página oficial | roupanova |
Roupa Nova é uma banda brasileira de soft rock fundada no Rio de Janeiro em 1980, tendo em sua formação original Cleberson Horsth (teclados e voz de apoio), Ricardo Feghali (teclados e voz de apoio), Kiko (guitarra e voz de apoio), Nando (baixo e voz de apoio), Serginho Herval (bateria e voz principal) e Paulinho (voz principal e percussão).[1][2]
As origens do Roupa Nova remontam ao grupo Os Famks, uma banda formada em 1967 para animar festas e bailes cariocas.[2][3][4] Embora nenhum dos futuros integrantes do Roupa Nova tenha participado da criação Os Famks, foi nesse grupo carioca de baile que eles foram se reunindo, um a um, na primeira metade da década de 1970, até formarem o sexteto que seria o embrião do Roupa Nova.[2] Ainda sob o nome Os Famks, eles lançaram dois álbuns de estúdio[5][6] com composições influenciadas pelo rock internacional da época e também gravaram, sob o pseudônimo Os Motokas, diversos LPs com versões covers de sucessos daquela época.[7] A grande mudança na trajetória do grupo ocorreu na virada para a década de 1980, quando o grupo conseguiu um contrato com a gravadora Polygram.[8][9] Decididos a investirem em um trabalho mais autoral,[9][10] o grupo foi rebatizado para Roupa Nova, nome de uma canção então inédita de Milton Nascimento e Fernando Brant que, gravada pelo sexteto naquele ano, iniciou uma das carreiras mais bem-sucedidas do pop brasileiro.[2]
Com uma liberdade artística considerável, o Roupa Nova investiu em uma sonoridade pop rock marcadamente sofisticada, comercial e repleta de harmonias vocais, às vezes comparáveis ao formato de rádio AORs de bandas como Toto.[9][10][11] Embora desagradasse parte da crítica musical brasileira,[2][9] o sexteto carioca alcançou significativo sucesso no mercado fonográfico do Brasil ao longo de quase quatro décadas de carreira,[9] com a gravação de 19 álbuns de estúdio e 5 álbuns ao vivo que somados venderam mais de 20 milhões de cópias no país.[12][13][14] Discos como Roupa Nova (1985) e Herança (1987) superaram a marca de 1 milhões de cópias vendidas[15][16] e se tornaram dois dos LPs mais vendidos da música brasileira daquele período. Diversas canções do grupo integraram trilhas sonoras nas telenovelas brasileiras e se tornaram grandes êxitos comerciais como “Anjo”, em “Guerra dos Sexos” (1983), “Dona”, em “Roque Santeiro” (1985), e “Whisky A-Go-Go”, em “Um Sonho a Mais” (também em 1985).[9] Mesmo com o sucesso próprio, o Roupa Nova seguiu como banda de estúdio requisitada em gravações em discos de estrelas da MPB como Gal Costa, Zizi Possi, Milton Nascimento, entre outros, graças à reputação profissional.[9] Também participaram, ainda que não fossem creditados como músicos, de discos de bandas de rock brasileiro nascentes na primeira metade dos anos 1980.[4] Também sob encomenda, o grupo gravou composições como o "Tema da Vitória", tocada nas transmissões de Fórmula 1 da Rede Globo,[17] e o tema original do festival Rock in Rio.[9]
Após o auge nos anos 1980, o Roupa Nova amargou um período de menor visibilidade midiática a partir de meados da década de 1990, embora o grupo mantivesse bastante ativa sua agenda de apresentações ao vivo.[2] Com o lançamento do álbum e do show Roupacústico (2004), a banda recuperou o caminho do sucesso comercial.[2] O álbum Roupa Nova em Londres (2009), gravado no Abbey Road Studios em Londres, venceu o Grammy Latino na categoria Melhor Álbum Pop Contemporâneo Brasileiro.[18] É a banda brasileira com maior tempo de longevidade a não ter interrompido as atividades ou mudado a formação original durante 40 anos.[19]
Contudo, em dezembro de 2020, devido ao falecimento do vocalista Paulinho, o grupo foi forçado a mexer, pela primeira vez em 40 anos de carreira, na sua formação.[2] Assim, Fábio Nestares, que eventualmente substituía Paulinho em alguns shows de turnê, passou a ser integrante fixo da banda em 2021.[2]