Sarvastivada

Buda sentado do mosteiro sarvastivádim de Tapa Shotor, século II d.C.[1]

Sarvastivada (sânscrito: 𑀲𑀭𑁆𑀯𑀸𑀲𑁆𑀢𑀺𑀯𑀸𑀤, Sarvāstivāda; páli: Sabbatthivāda; chinês tradicional: 說一切有部; pinyin: Shuō Yīqièyǒu bù) foi uma das escolas do budismo inicial estabelecidas em torno do reinado de Açoca (século III AEC).[2] Era particularmente conhecido como uma tradição de Abidarma, com um conjunto único de sete obras abidármicas.[3]

Um dos grupos monásticos budistas mais influentes, florescendo em todo o norte da Índia (especialmente Caxemira) e Ásia Central até o século VII.[2][4] O ramo ortodoxo da escola na Caxemira compôs o grande e enciclopédico Mahāvibhāṣa Śāstra na época do reinado de Canisca (c. 127–150 EC).[3] Por causa disso, os sarvastivádins ortodoxos que sustentavam as doutrinas do Mahāvibhāṣa eram chamados de Vaibhāṣikas.[3]

Essa escola sustentava a existência de todos os darmas (fenômenos) no passado, presente e futuro.

De acordo com o teravádim Dipavamsa, o Sarvastivada surgiu da antiga escola Mahīśāsaka; mas o Śāriputraparipṛcchā e o Samayabhedoparacanacakra afirmam que o Mahīśāsaka emergiu do Sarvastivada.[5][6] Acredita-se que os sarvastivádins deram origem à seita Mūlasarvāstivāda, bem como à tradição Sautrāntika, embora a relação entre esses grupos ainda não tenha sido totalmente determinada.

  1. Vanleene, Alexandra. «The Geography of Gandhara Art» (PDF): 158 
  2. a b Westerhoff, The Golden Age of Indian Buddhist Philosophy in the First Millennium CE, 2018, p. 60.
  3. a b c Westerhoff, 2018, p. 61.
  4. de La Vallée-Poussin 1990, p. 807.
  5. Baruah, Bibhuti (2000). Buddhist sects and sectarianism 1st ed. New Delhi: Sarup & Sons. ISBN 978-8176251525 , p. 50
  6. Buswell, Robert E.; Lopez, Donald S. (2013), The Princeton Dictionary of Buddhism, Princeton University Press 

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