A Serra Leoa, oficialmente República da Serra Leoa (em inglês: Republic of Sierra Leone; /siˌɛrə liˈoʊn(i)/, ou /siˌɛərə ʔ/, /ˌsɪərə ʔ/),[6][7] é um país da África Ocidental. É delimitada pela Guiné a norte e nordeste, pela Libéria a sudeste, e pelo Oceano Atlântico a sudoeste. Abrange uma área total de 71 740 km² e sua população em 2021 era estimada em 6,8 milhões de habitantes. O país tem um clima tropical, com um ambiente diversificado variando de savana para florestas tropicais. É uma república constitucional que compreende quatro províncias, tendo Freetown como capital e outras cidades notáveis como Bo, Kenema, Koidu e Makeni. O país abriga a universidade mais antiga da África Ocidental, Fourah Bay College, fundada em 1827, além de possuir o terceiro maior porto natural do mundo.
Em 1462, a área do atual território do país foi visitada pelo explorador português Pedro de Sintra, que a nomeou Serra Leoa.[8][9] O país tornou-se um importante centro do comércio transatlântico de escravos até 11 de março de 1792, quando Freetown foi fundada pela Companhia da Serra Leoa, como forma de servir como um lar para ex-escravos do Império Britânico. Após a conferência de Berlim (1884-1885), o Reino Unido decidiu que era preciso estabelecer maior domínio sobre as áreas do interior e, assim, instituiu o Protetorado da Serra Leoa. Com essa mudança, o Império Britânico passa a expandir seu aparato administrativo na região, recrutando cidadãos britânicos para ocupar postos na administração colonial e excluindo os krios de suas posições no governo, além de expulsá-los das áreas residenciais mais cobiçadas de Freetown.[10] Entre 1991 e 2002 ocorreu a Guerra Civil da Serra Leoa, que devastou o país e resultou na morte de aproximadamente 50 000 pessoas. Grande parte da infraestrutura do país foi destruída, e mais de dois milhões de pessoas deslocadas em países vizinhos como refugiados; principalmente para a Guiné, que recebeu mais de 600 000 refugiados serra-leoneses.
A população serra-leonesa compreende cerca de 16 grupos étnicos, cada um com sua própria língua e dialetos. Os dois maiores e mais influentes são os timenés e os mandês. Embora o idioma inglês seja o oficial, o krio é a principal língua de comunicação entre os diferentes grupos étnicos, falado por cerca de 90% dos habitantes. A religião muçulmana é a predominante, sendo praticada por 60% da população, enquanto as religiões locais são professadas por 30% e o cristianismo por 10% dos habitantes.[11][12] O país é classificado como um dos mais tolerantes no mundo, no quesito religioso.[13][14]
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