Representação artística que mostra o Sol e os oito planetas do Sistema Solar: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Nessa imagem o tamanho dos planetas está em escala; as distâncias entre eles, não.[1] | |
Localização | Nuvem interestelar local, Bolha Local, Braço de Órion, na Via Láctea |
Estrela mais próxima | Proxima Centauri (4,25 anos-luz), Alpha Centauri (4,37 anos luz) |
Sistema planetário mais próximo | Sistema Proxima Centauri (4,25 anos-luz) |
Sistema planetário | |
Semieixo maior do planeta mais distante (Netuno) | 4,503 bilhões de quilômetros (30,10 UA)[nota 1] |
Distância ao Cinturão de Kuiper | 50 Unidades Astronômicas |
Número de estrelas conhecidas | 1 Sol |
Número de planetas conhecidos | 8 Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno |
Número de planetas anões conhecidos | 5 Ceres, Plutão, Haumea, Makemake, Éris |
Número de satélites naturais conhecidos | 525 (178 de planetas,[2] 8 de planetas anões e 339 de corpos menores[3]) (em 21 de maio de 2018) |
Número de asteroides conhecidos | 778 897[2] (em 21 de Maio de 2018) |
Número de cometas conhecidos | 4 017[2] (em 21 de Maio de 2018) |
Número de satélites naturais esféricos | 19[4] |
Órbita em torno do centro galáctico | |
Inclinação do plano invariável em relação ao plano galáctico | 60,19° |
Distância ao centro galáctico | 27 000±1 000 anos-luz |
Velocidade orbital | 220 km/s |
Período orbital | 225 - 250 milhões de anos |
Propriedades da estrela | |
Tipo espectral | G2V |
Distância da linha do gelo | 2,7 Unidades Astronômicas |
Distância da heliopausa | cerca de 120 Unidades Astronômicas |
Raio da esfera de Hill | de 1 a 2 anos-luz |
O Sistema Solar compreende o conjunto constituído pelo Sol e todos os corpos celestes que estão sob seu domínio gravitacional. A estrela central, maior componente do sistema, respondendo por mais de 99,85% da massa total,[5] gera sua energia através da fusão de hidrogênio em hélio, dois de seus principais constituintes. Os quatro planetas mais próximos do Sol (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) possuem em comum uma crosta sólida e rochosa, razão pela qual se classificam no grupo dos planetas telúricos ou rochosos. Mais afastados, os quatro gigantes gasosos, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, são os componentes de maior massa do sistema logo após o próprio Sol. Dos cinco planetas anões, Ceres é o que se localiza mais próximo do centro do Sistema Solar, enquanto todos os outros, Plutão, Haumea, Makemake e Éris, encontram-se além da órbita de Netuno.
Permeando praticamente toda a extensão do Sistema Solar, existem incontáveis objetos que constituem a classe dos corpos menores. Os asteroides, essencialmente rochosos, concentram-se numa faixa entre as órbitas de Marte e Júpiter que se assemelha a um cinturão. Além da órbita do último planeta, a temperatura é suficientemente baixa para permitir a existência de fragmentos de gelo, que se aglomeram sobretudo nas regiões do Cinturão de Kuiper, disco disperso e na nuvem de Oort; esporadicamente são desviados para o interior do sistema onde, pela ação do calor do Sol, transformam-se em cometas. Muitos corpos, por sua vez, possuem força gravitacional suficiente para manter orbitando em torno de si objetos menores, os satélites naturais, com as mais variadas formas e dimensões. Os planetas gigantes apresentam, ainda, sistemas de anéis planetários, uma faixa composta por minúsculas partículas de gelo e poeira.
O Sistema Solar, de acordo com a teoria mais aceita hoje em dia, teve origem a partir de uma nuvem molecular que, por alguma perturbação gravitacional, entrou em colapso e formou a estrela central, enquanto seus remanescentes geraram os demais corpos. Em sua configuração atual, todos os componentes descrevem órbitas praticamente elípticas ao redor do Sol, constituindo um sistema dinâmico no qual os corpos estão em mútua interação mediada sobretudo pela força gravitacional. A sua estrutura tem sido objeto de estudos desde a antiguidade, mas somente há cinco séculos a humanidade reconheceu o fato de que o Sol, e não a Terra, constitui o centro do movimento planetário. Desde então, a evolução dos equipamentos de pesquisa, como telescópios, possibilitou uma maior compreensão do sistema. Entretanto, detalhes sem precedentes foram obtidos somente após o envio de sondas espaciais a todos os planetas, que retornam imagens e dados com uma precisão nunca antes alcançada.
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