Tancredo Neves

Tancredo Neves
Tancredo Neves
Tancredo Neves em 1983.
Presidente do Brasil
Período não tomou posse[nota 1]
Vice-presidente José Sarney
Antecessor(a) João Figueiredo
Sucessor(a) José Sarney
33º Presidente do Conselho de Ministros do Brasil[1]
Período 8 de setembro de 1961
a 12 de julho de 1962
Presidente João Goulart
Antecessor(a) Visconde de Ouro Preto (em 1889)
Sucessor(a) Brochado da Rocha
31.º Governador de Minas Gerais
Período 15 de março de 1983
a 14 de agosto de 1984
Vice-governador Hélio Garcia
Antecessor(a) Francelino Pereira
Sucessor(a) Hélio Garcia
Senador por Minas Gerais
Período 1º de fevereiro de 1979
a 15 de março de 1983
Deputado federal por Minas Gerais
Período 3 de fevereiro de 1963
a 1º de fevereiro de 1979
Período 30 de agosto de 1954
a 1º de fevereiro de 1955
Período 12 de março de 1951
a 25 de junho de 1953
Ministro da Justiça
Período 26 de junho de 1953
a 24 de agosto de 1954
Presidente Getúlio Vargas
Antecessor(a) Negrão de Lima
Sucessor(a) Miguel Seabra Fagundes
Deputado estadual de Minas Gerais
Período 1º de agosto de 1947
a 12 de março de 1951
Dados pessoais
Nascimento 4 de março de 1910
São João del-Rei, Minas Gerais
Morte 21 de abril de 1985 (75 anos)
São Paulo, São Paulo
Nacionalidade brasileiro
Cônjuge Risoleta Guimarães Tolentino (1938-1985)
Parentesco Francisco Dornelles (sobrinho)
Aécio Neves (neto)
Partido
Religião católico
Profissão advogado
empresário
político
Assinatura Assinatura de Tancredo Neves

Tancredo de Almeida Neves GCTE (São João del-Rei, 4 de março de 1910São Paulo, 21 de abril de 1985) foi um advogado, empresário e político brasileiro, tendo sido o 33.º primeiro-ministro do Brasil (o primeiro do período republicano) e presidente da República eleito, porém não empossado devido a problemas relacionados à saúde.

Natural de São João del-Rei, região sudeste de Minas Gerais, formou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais. Ingressou na política em 1935, quando foi eleito vereador em sua cidade natal pelo Partido Progressista, chegando ao cargo de presidente da Câmara Municipal. Com o advento do Estado Novo em 1937, foi preso e o seu mandato de vereador foi extinto. Com isso retornou à advocacia, atuando como Promotor Público, e também exerceu a profissão de empresário. Em 1947, foi eleito deputado estadual pelo Partido Social Democrático (PSD) e foi designado um dos relatores da Constituição estadual mineira, tornando-se depois líder da oposição.

Em 1950, foi eleito deputado federal pela primeira vez. A partir de junho de 1953, exerceu os cargos de Ministro da Justiça e Negócios Interiores até o suicídio do presidente Getúlio Vargas. Em 1954, foi eleito novamente deputado federal, cargo que ocupou por um ano. Foi diretor do Banco de Crédito Real de Minas Gerais em 1955 e da Carteira de Redescontos do Banco do Brasil de 1956 a 1958. De 1958 a 1960, assumiu a Secretaria de Finanças do Estado de Minas Gerais. Concorreu, sem sucesso, ao governo de Minas em 1960. Com a instauração do regime parlamentarista, logo após a renúncia do presidente Jânio Quadros, foi nomeado primeiro-ministro do Brasil, ocupando este cargo de setembro de 1961 a julho de 1962. Foi um dos principais líderes do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e reelegeu-se deputado federal em 1966, 1970 e 1974. Após a volta do pluripartidarismo, foi eleito senador em 1978 e fundou o Partido Popular (PP). Em 1982, ingressou no Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e foi eleito governador de Minas.

No período em que governou Minas, houve uma grande agitação em prol do movimento Diretas Já, numa ação popular que mobilizou o país e pregava as eleições diretas para presidente. Com a derrota da emenda Dante de Oliveira, que instituía as eleições diretas para presidente da República em 1984, foi o nome escolhido para representar uma coligação de partidos de oposição reunidos na Aliança Democrática. Em 1984, aceitou a proposta de se candidatar à Presidência da República e em 15 de janeiro de 1985 foi eleito presidente do Brasil pelo voto indireto de um colégio eleitoral por uma larga diferença. No entanto, adoeceu gravemente em 14 de março do mesmo ano, véspera da posse. Em 21 de abril, morreu aos 75 anos. Tancredo é considerado um dos mais importantes políticos brasileiros do século XX.


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