Thomas Jefferson (Shadwell, 13 de abril de 1743 – Charlottesville, 4 de julho de 1826)[1] foi o terceiro presidente dos Estados Unidos (1801-1809) e o principal autor da declaração de independência (1776) dos Estados Unidos. Jefferson foi um dos mais influentes Founding Fathers (os "Pais Fundadores" da nação), conhecido pela sua promoção dos ideais do republicanismo nos Estados Unidos. Visualizava o país como a força por trás de um grande "Império de Liberdade"[2] que promoveria o republicanismo e poderia combater o imperialismo britânico. Entre os eventos de destaque da história americana que ocorreram durante sua presidência estão a Compra da Louisiana (1803) e a Expedição de Lewis e Clark (1804-1806), bem como a escalada das tensões entre a Grã-Bretanha e a França que levaram à guerra com o Império Britânico em 1812, ano em que deixou o cargo.
Como filósofo político, Jefferson foi um homem do Iluminismo, que conheceu diversos dos grandes líderes intelectuais da Grã-Bretanha e França de seu tempo. Idealizou o fazendeiro yeoman como um exemplo das virtudes republicanas, alimentava uma desconfiança de cidades e financeiros, enquanto privilegiava os direitos dos estados e um governo federal rigorosamente controlado. Apoiava a separação entre Igreja e Estado[3] e foi o autor do Estatuto da Virgínia para Liberdade Religiosa (1779, 1786). Epônimo da democracia jeffersoniana, foi cofundador e líder do Partido Democrata-Republicano, que dominou a política dos Estados Unidos por 25 anos. Jefferson serviu como governador da Virgínia durante um período de guerra (1779-1781), foi o primeiro secretário de Estado dos Estados Unidos (1789-1793) e segundo vice-presidente dos Estados Unidos (1797-1801).
Como presidente, Thomas Jefferson defendeu os interesses comerciais e marítimos da nação contra os Piratas da Barbária e as políticas comerciais britânicas agressivas. Começando em 1803, Jefferson ainda promoveu uma política expansionista para o oeste, organizando a Compra da Luisiana que, de uma vez só, dobrou o tamanho do país. Para abrir espaço para reassentamento de pessoas para o oeste, Jefferson começou um controverso processo de remoção indígena dos novos territórios adquiridos. Na política externa, buscou negociar a paz com a França, reduzindo as tensões. Sua administração ainda diminuiu o orçamento e tamanho das forças militares disponíveis para o governo federal. Jefferson foi reeleito em 1804 com facilidade. Seu segundo mandato, contudo, foi cheio de dificuldades domesticamente, incluindo o julgamento do ex-vice-presidente Aaron Burr. Em 1807, o comércio exterior americano foi diminuído quando Jefferson implementou a Lei de Embargo em resposta às ameaças britânicas ao transporte marítimo dos Estados Unidos. No mesmo ano, Jefferson assinou uma lei que proibia a importação de escravos do exterior.
Um polímata, Jefferson se destacou, entre outras coisas, como horticultor, líder político, arquiteto, arqueólogo, paleontólogo, músico, inventor e fundador da Universidade da Virgínia. Quando o presidente John F. Kennedy recebeu 49 vencedores do Prêmio Nobel à Casa Branca, em 1962, declarou: "acredito que esta é a mais extraordinária reunião de talento e conhecimento humano que já foi reunida na Casa Branca– com a possível exceção de quando Thomas Jefferson jantava aqui sozinho".[4] Até o presente, Jefferson é o único presidente americano a ter servido dois mandatos completos no cargo sem ter vetado um único projeto de lei do Congresso. Jefferson foi regularmente classificado pelo meio acadêmico como um dos maiores presidentes americanos.