Um traje espacial é um sistema complexo de vestimentas, equipamentos e sistemas ambientais projetados para manter uma pessoa viva e confortável no extremo e perigoso ambiente do espaço exterior. Isto se aplica a atividades extraveiculares (EVA) fora de uma espaçonave orbitando a Terra e em caminhadas na superfície da Lua e outros planetas.[1]
Alguns dos requisitos para trajes espaciais também se aplicam aos trajes pressurizados vestidos para outras tarefas especializadas, tais como voos de reconhecimento em altitudes elevadas. Acima do Limite Armstrong (~19.000 m), trajes pressurizados são necessários por conta da atmosfera rarefeita. Trajes HAZMAT que lembram superficialmente trajes espaciais, são por vezes usados quando é necessário lidar com situações de risco biológico.
Existem, basicamente, três tipos de trajes espaciais, para diferentes tarefas: IVA (atividade intraveicular), EVA (atividade extraveicular) e IEVA (atividade intra e extraveicular). Um traje espacial IVA é utilizado dentro da espaçonave, sendo mais leve e mais confortável. São os trajes normalmente utilizados pela tripulação durante as decolagens e pousos, visando proteger seus usuários de uma despressurização nestes momentos críticos do voo espacial. Este tipo de traje deixou de ser utilizado pelo Programa Espacial Soviético a partir da missão Voskhod 1, mas voltou a ser usado após a morte da tripulação da nave Soyuz 11, em junho de 1971, justamente por uma descompressão da cabine, algo que os vitimou justamente porque não faziam uso de um traje espacial. No início da década de 1980, os astronautas dos Estados Unidos deixaram de fazer uso deste tipo de traje, mas voltaram a usá-lo após a tragédia da nave Challenger.