As universidades medievais foram fundadas por volta de 1150, no contexto do Renascimento do Século XII. Essas instituições são o ponto de partida para o modelo de universidade que temos até hoje. Trata-se não apenas de instituições de ensino: a universidade medieval era também o local de pesquisa e produção do saber, era também o foco de vigorosos debates e muitas polêmicas - o que fica evidente pelas crises em que estas instituições estiveram envolvidas e pelas muitas intervenções que sofreram do poder real e eclesiástico.
As primeiras universidades da Europa foram fundadas na Itália e na França para o estudo de direito, medicina e teologia. A parte central do ensino envolvia o estudo das artes preparatórias, ou artes liberais; o trivium (trívio): gramática, retórica e lógica; e do quadrivium (quadrívio) : aritmética, geometria, música e astronomia. Depois disso, o aluno podia realizar os estudos mais específicos. As universidades medievais eram voltadas para o enobrecimento do espirito dos homens, tornar mais alta sua virtude (virtú). As mulheres não eram voltadas para essa educação, com exceção de algumas que muito influenciaram sua época, tal como Cristina de Pisano e Hildegard de Bingen.