Xisto betuminoso

 Nota: Este artigo é sobre a rocha. Para o combustível dela extraído, veja Petróleo de xisto.
Xisto betuminoso
Rocha sedimentar
Xisto betuminoso
Combustão do xisto betuminoso
Composição
Primária Querogênio, Quartzo, Feldspato, Argila, Carbonato, Pirita
Secundária Urânio, Ferro, Vanádio, Níquel, Molibdênio

O xisto betuminoso é uma rocha sedimentar de grão fino, rica em material orgânico, contendo querogênio (uma sólida mistura de compostos químicos orgânicos), a partir do qual podem ser produzidos hidrocarbonetos líquidos chamados de petróleo de xisto. O petróleo de xisto é um substituto para o petróleo convencional; contudo, a extração do petróleo de xisto do xisto betuminoso é mais cara e tem maiores impactos ambientais).[1][2] Depósitos de xisto betuminoso são frequentes em todo o mundo. As estimativas de depósitos globais vão de 2,8 a 3,3 trilhões de barris de óleo recuperável.[2][3][4][5]

Aquecendo-se o xisto betuminoso a uma temperatura suficientemente alta ocorre o processo químico da pirólise para se obter um vapor. Com o resfriamento do vapor, o petróleo de xisto—um petróleo não-convencional—é separado do gás de xisto (o termo gás de xisto pode se referir também ao gás que podem ocorrer naturalmente em folhelhos). O xisto betuminoso pode ser também queimado diretamente em fornalhas para se tornar um combustível de baixo poder de geração de energia, servindo também para a calefação urbana ou como matéria-prima na indústria química e na construção de materiais de processamento.[2][6]

O xisto betuminoso ganha uma atenção especial como uma potencial fonte abundante de petróleo sempre que o preço do petróleo convencional sobe.[7][8] Entretanto, a extração e o processamento do xisto betuminoso aumentam uma série de preocupações ambientais, tais como o uso da terra, o manejo do lixo, o uso da água, o tratamento da água, a emissão dos gases estufa e a poluição do ar.[9][10] A Estônia e a China têm grandes indústrias no ramo, sendo que Brasil, Alemanha e Rússia também fazem uso do xisto betuminoso.[2]

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  2. a b c d Dyni, John R (2010). «Oil Shale». In: Clarke, Alan W; Trinnaman, Judy A. Survey of energy resources (PDF) 22 ed. [S.l.]: WEC. pp. 93–123. ISBN 978-0-946121-02-1. Consultado em 22 de abril de 2012. Arquivado do original (PDF) em 4 de março de 2012 
  3. «Annual Energy Outlook» (PDF). Energy Information Administration. Fevereiro de 2006. Consultado em 18 de abril de 2008 
  4. Andrews, Anthony (13 de abril de 2006). «Oil Shale: History, Incentives, and Policy» (PDF). Congressional Research Service. Consultado em 25 de junho de 2007 
  5. «NPR's National Strategic Unconventional Resource Model» (PDF). Departamento de Energia dos Estados Unidos. Abril de 2006. Consultado em 9 de julho de 2007 
  6. Dyni, John R (2006). «Geology and resources of some world oil shale deposits. Scientific Investigations Report 2005–5294» (PDF). Departamento do Interior dos Estados Unidos, Serviço Geológico dos Estados Unidos. Consultado em 9 de julho de 2007 
  7. «Energy Security of Estonia» (PDF). Estonian Foreign Policy Institute. Setembro de 2006. Consultado em 20 de outubro de 2007. Arquivado do original (PDF) em 8 de janeiro de 2012 
  8. «Oil Shale and Other Unconventional Fuels Activities». Departamento de Energia dos Estados Unidos. Consultado em 20 de outubro de 2007. Arquivado do original em 13 de agosto de 2007 
  9. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Burnham
  10. «Environmental Impacts from Mining» (PDF). The Abandoned Mine Site Characterization and Cleanup Handbook. [S.l.]: United States Environmental Protection Agency. Agosto de 2000. pp. 3/1–3/11. Consultado em 21 de junho de 2010 

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